Pés fora do chão - 2
Não é a questão de se acreditar piamente em algo que não se prove cientificamente a existência. É se acreditar apenas na possibilidade dessa existência. Da mesma forma como não se prova que existe algo, também não se prova a inexistência. Estaríamos com 50% de chances para céticos e “místicos”. As pessoas menos interessadas em temáticas e/ou notícias de ocorrências extraordinárias como espiritualidades, ficção científica, teorias de conspiração, óvnis e demais assuntos de comprovação questionável, segundo os padrões conservadores, estão voltadas para as suas vidas corriqueiras, embora haja interessados nos dois grupos. Considero oxigenante manter a cabeça aberta embora os fanáticos me irritem e os oportunistas me enojem. O mistério, independente da tribo a que se pertença, exerce sempre um fascínio, ora relegado às margens por uns, ora apenas divertindo outros, embora eu acredite que deva frequentar o inconsciente de todos, até disfarçado de entidade aceita socialmente. Quando alguém tenta ridicularizar um pensamento mais ousado embaçando uma dessas viagens que faço nos papos informais, penso, e ás vezes falo, que muitas das realizações tecnológicas que desfrutamos hoje teriam sido ridicularizadas quando ainda era apenas uma “viagem” dos que ousavam.