Parece-me que as pessoas estão precisando, mesmo sem o saber, é de oportunidades reais para demonstrarem seus sentimentos mais eloquentes, sem correrem o risco de julgamento. Pensam elas... Por exemplo: a morte de uma “celebridade”, uma tragédia ecológica com mortes, para despertar a comoção e, através desta, a explosão emocional. Todos se sentem incentivados a serem melhores, a ajudar, a estenderem aquela mãozinha, que há tanto tempo estava fechada... Algumas, em murros!
Onde quero chegar? Estamos desviando nossa afetividade para tudo que não seja real, que não seja palpável, que não esteja disponível bem aqui, ao nosso lado. Hoje eu escrevi no facebook que há oração demais e ação de menos. Rasgamo-nos por nossos times, por nossos “mentores”, por nossos ídolos, alguns de luminosidade comprovadamente, falsificada... Abreviamos a vida de milhares de flores, para homenagear um cadáver...
Mas, não toleramos o vizinho, o irmão, o companheiro, a esposa... Pior de tudo, rejeitamos o filho! Delegamos à terceiros, o que é incontestavelmente, nossa obrigação, sobre qualquer cultura, qualquer ponto de vista, de qualquer parte do mundo.
Isto é só um micro resumo de nossas barbaridades afetivas. Por que nossa afeição, tornou-se este grande aleijão? Quem foi que a desfigurou em um indigesto bicho papão? Assim, fica, realmente, muito difícil passarmos perto do verdadeiro significado de estarmos vivos.
Garanto-lhes que é um bocadinho a mais que esta meleca... Algo, um bocadinho melhor! Entretanto, só vivenciaremos nossa verdadeira senda, quando nos encararmos no espelho. Sem truques, nem maquiagem. Nem público. Muito menos, a mal amada crítica!!! Cada um com seu reflexo. Partindo do princípio que todos sabemos o que é certo, o que combina com nossa esquecida condição de HUMANOS, será fácil identificar os pontos que teremos que nos trabalhar, para sermos pessoas melhores... Para sermos PESSOAS! Mas, tudo começa com o espelho. Dali, para dentro, como digo sempre, rumo ao centro.
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http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/10/os-desvios-emocionais-atirar-se.html
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