AMOR, ETERNO AMOR

Quando uma relação amorosa termina de repente, sem qualquer motivo e deixando muita dor no coração, nos questionamos: Por que tudo acabou?

Quem não passou por essa triste experiência de, de repente, perder alguém a quem julgava amar? Parece que o mundo desaba sobre a nossa cabeça! Que essa dor não vai passar mais e que não vamos amar mais ninguém. Até o dia em que acordamos e nem lembramos mais que essa pessoa existiu...

Então o amor acaba?

Não, o amor não acaba. O que acaba é a paixão que em média dura dois anos; um pouco mais, um pouco menos. É passageira, mas sua força é poderosa. Por isso a paixão facilmente se confunde com o amor. Quanto mais jovem e mais inexperiente, maior é a confusão...

Pesquisas junto a profissionais competentes informam que é muito comum os jovens se apaixonarem perdidamente, pensando tratar-se de amor! Quando dominados pela paixão, não dormimos nem comemos direito, sempre pensando nele (a). Não refletimos mais com ponderação, tomando atitudes das mais impensadas, que podem trazer prejuízos a ambos..

Quem é que, algum dia, não perdeu a cabeça por causa de alguém? Para depois se perguntar: Como eu pude ser tão idiota? Mas não se substime; todos nós já tivemos uma crise de idiotice por causa de uma paixão.

No passado as confusões eram maiores. Hoje temos especialistas, psicólogos competentes que podem ajudar e esclarecer todas as dúvidas dos apaixonados que sofrem desesperadamente por alguém...

Na juventude, entre os quinze e trinta anos de idade, uma pessoa se apaixona e desapaixona inúmeras vezes. Por isso os especialistas desaconselham um casamento precoce, antes de se estar suficientemente maduro para reconhecer quando o amor é verdadeiro. Assim se evitariam os divórcios e as separações.

Depois dos trinta anos, embora mais madura, a pessoa ainda não está livre de se apaixonar. Mas as eventuais paixões vão se espaçando cada vez mais, conforme a idade vai avançando.

Outro ponto importante a se observar são as diferenças imutáveis entre o homem e a mulher no momento em que se sentem atraídos um pelo outro e dão início a uma relação.

O que atrai a mulher para o homem, além da beleza física, são as qualidades morais, a inteligência, a cultura, a educação; o jeito amigo, gentil, carinhoso e protetor. São seus olhos... Só depois de uma agradável convivência é que o desejo vem...
Enquanto o que atrai um homem à mulher são seus atributos físicos, os quais imediatamente lhe desperta o desejo de possuí-la. Esse sentimento muito embora possessivo é totalmente independente do amor.
O desejo, seja por parte do homem ou da mulher, uma vez satisfeito, acaba assim como a atração e a relação chega ao fim.
Às vezes acontece de um homem ou mulher amar muito seu cônjuge, mas não resistir a uma paixão paralela. Quando a paixão acaba a pessoa retoma o juízo e volta para o seu amor. Mas o risco de destruir uma relação verdadeira é grande, por isso é preciso ponderar muito diante de uma paixão.

Apaixonar-se não é nenhum crime. Faz parte da natureza humana. Qualquer pessoa pode errar movida por um falso amor. No caso de uma traição, não persistir no erro, por um lado; e saber perdoar, por outro... vale a pena, quando a felicidade é o mais importante.

Pela sua natureza delicada e mais sentimental, geralmente é a mulher quem mais se machuca numa desilusão. As consequências são as mágoas, perda da auto-estima, tristeza ou depressão; e que afetam sua vida pessoal ou profissional.

Pôr a culpa no parceiro que a seduziu de nada adianta!
Mas se proteger, sim. Ter em mente que o comportamento do homem é primordialmente instintivo em razão de sua própria natureza; daí porque é bem mais difícil para o homem não vivenciar aquilo que lhe pede o instinto.

Para evitar um sofrimento inútil a mulher, que é mais sentimento, deve raciocinar bem e analisar como seu parceiro se comporta quando iniciam uma relação, antes de se entregar a uma paixão. Observar se ele se interessa pelos seus sentimentos, o seu bem-estar; se é atencioso, se lhe tem consideração ou solicitudes que só quem ama tem.

Cuidado, porém, para não se enganar com gentilezas ardilosas e mal-intencionadas. Não se iluda com um simples buquê de flor, ou uma caixa de bom-bom. Ciúmes também não é prova de amor. A mulher costuma ter ciúmes do homem que ela ama. Mas o homem tem ciúmes de qualquer mulher que o interesse, sem lhe ter amor.

Ao contrário da paixão, o amor não é devastador como um tsunami; não conduz ao desiquilíbrio mental e vai muito além da beleza física. Acontece em qualquer ocasião da vida e supera todas as dificuldades. Pode demorar para chegar, mas quando chega não vai mais embora...

A paixão é efêmera porque vem da carne e o amor vem do espírito. Quem ama quer o bem do outro, como quer seu próprio bem, e é feliz porque é amado também...

O amor é calmo como as águas de um lago azul e se constrói pouco a pouco. Pedra sobre pedra. O amor é...

Amor, eterno amor...

Obs.: Este texto foi escrito com base em pesquisa e sob orientação de um profissional da área médica.
Nair Lúcia de Britto
Enviado por Nair Lúcia de Britto em 01/10/2012
Reeditado em 04/11/2012
Código do texto: T3910571
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