A OPÇÃO ENTRE O BEM E O MAL.

Aponta minha mulher o que lê em informativo. O empresário responsável pelo escoadouro que fazia “legitimar” o dinheiro público desviado para fins indevidos, como formalmente provado por provas periciais, irrespondíveis por serem exatas, matemáticas, leva o filho ao colégio cedo para não ser visto pelos outros pais.Dá um beijo no filho e vai embora rapidamente,

Outro colégio recusou receber esse filho para não tumultuar a ordem do colégio. Essa é a pena moral, mais forte que a restritiva de liberdade. Nesta sofre o corpo e fica salva a execração pública, naquela não. E o pior, o princípio de que a pena não passa de quem comete a falta é superada. Pagam filhos, mulher e parentes.

O mal como escolha é cumulativo, e necrosa. O bem enaltece e salva, é arrancada para abraçar o sol na última despedida do corpo, limpamente, em paz.

Alguns não podem mais frequentar restaurantes, locais públicos; pena moral.

Um pesado tribunal nasce com nosso ingresso no universo de opção consciente. Muitos deixam de julgar seus próprios atos juntamente com padrões coletivos. É o tribunal interno.Lá estão sentados na cadeira que traça a consciência o bem e o mal

Em plano mais alto nos tribunais ficam os magistrados. Por quê? Para que sejam mais vistos e também julgados permanentemente pelo que julgam. Assim devia e deve ser com nosso tribunal, estar no lugar mais alto.

Hoje em julgamento notório e histórico no centro das questões e dos debates se encontram julgadores e julgados. Aqueles estão destacados na mídia em geral, inclusive pela TV, por estarem em permanente julgamento. Por julgarem são julgados sempre.

Fazer justiça é dar a cada um o que lhe é devido, e não há justiça mais severa do que a sentença que lavramos para nós mesmos, ainda que acompanhada da pena institucional.

É esse decisório que se alastra e agiganta o séquito de depressões, de desencontros, dos desvios, enfim da desgraça que se abate sobre a alma e devora o corpo de quem abraça a conduta firmada como repelente pela sociedade.

Os políticos tem como maior pena não mais poderem exercer a política oficial, impedidos, embora o façam nos bastidores. Estão sendo listados esses exemplos, do maior ao menor. Insulados esperam a espada de Dâmocles se pronunciar, cair ou não.

A espada de Dâmocles é usada, como representação da insegurança do poder, perder o poder devido a qualquer contingência, o que nos vem dos gregos em bela história.

Assim, é a consciência, o supremo tribunal ao qual nenhum outro se iguala, o bem e o mal avaliados para escolha. É preciso que coloquemos este tribunal em plano elevadíssimo, no “caput”, na cabeça, comandado pela lei moral onde há sanidade, local onde a coerção das leis dos homens não alcança. A condenação do mal por opção, deve se dar antes que seja praticado pelo nosso tribunal, o maior de todos.

Não sendo assim, as penas, institucionais e morais excluem o condenado, isolam o punido, aniquilam, segregam, aprisionam, mutilam, fazem do maldoso um farrapo humano, fugitivo da sociedade sem poder olhar nos olhos do semelhante.

Mas o pior, condenam também aqueles que em nada contribuíram para manchar esse tribunal pessoal, e pagará o maldoso também por assistir essa pena aos que nada fizeram e pagam juntos. É a pena exasperada para quem contrariou padrões. Incide em quem nada fez, por vezes entes queridos, mas é causa de aumento da pena, como se tem na lei em casos específicos.

Ver os que nada fizeram , que lhes são caros, pagarem também, é o aumento do sofrimento de expiar, expiar com x, purgar, penar. Uma pena enormemente aumentada.. ..

Seria uma pena de outros espaços?

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 01/10/2012
Reeditado em 01/10/2012
Código do texto: T3910241
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