VAMOS AFINAR O INSTRUMENTO?

 
Nunca as formações sociais de todo o mundo (ou melhor, de todos os setes mundos dimensionais terráqueos) estiveram tão alteradas, conflitadas e desafinadas como nesta mudança de época e ópera, de era e ária. Isso se deve, inclusive, aos barulhos informacionais, tecnológicos, comerciais e industriais dissonantes, ruídos de comunicação e até das microfonias (☺), além do barulho da plateia. Isso tudo tem servido para desviar a atenção geral do que mais importa, que é a reforma íntima e a espiritualização pela prática sistemática das virtudes crísticas, no mesmo diapasão orientado pelo Regente da orquestra terrenal – o Cristo, pelo libreto do Evangelho.
As cordas emocionais talvez estejam esticadas demais. Precisamos de ondas sonoras mais suaves, relaxantes e canoras nos sussurrando os sentidos, para nos ajudar no redespertamento da sensibilidade mais profunda, através da prestação dos múltiplos serviços sociais que clamam por mão de obra voluntária e de boa vontade, bem como através do cultivo do silêncio, da meditação e da oração.
 
Se alguém não vê nem ouve nada de novo ou de bastante diferente nas diversas manifestações sociais, é porque, no mínimo, está afastado delas, não tem ouvido educado, não interage frente a frente com as pessoas em seus vários meios de maior demonstratividade convivial, emocional e sentimental.
[“De perto ninguém é normal[1]”. Isso vale também para pessoas coletivas.]
Contudo, toda essa pororoca transicional e seus agitos e barulhos de expectativas e de atitudes, com tonitruantes muvucas destrutivas orquestradas por indivíduos coletivos sintonizados com irradiações trevosas e abismais, inclusive em forma de ataques (pseudo)musicais, não deve jamais nos intimidar nem obrigar que nos escondamos em nossas cavernas ou fortalezas ideológicas, religiosas, acadêmicas, monásticas, meditativas ou mesmo domésticas. Não. Agora é o tempo em que devemos mesmo arregaçar as mangas da camisa e partir firme para as ações solidárias em qualquer frente social que estiver à nossa frente ou mesmo remotamente, exercitando-nos incessantemente nos solfejos do amor em Cristo, até nos tornarmos virtuoses na arte de servir. As cordas da Nova Era já estão vibrando com mais intensidade. Dentro em breve alcançarão as notas da oitava acima no pentagrama da sublime canção universal. Precisamos acompanhar o ritmo. [Por falar nisso, soubemos que há vagas para trabalhadores de última hora que queiram colaborar na realização do grande concerto de cordas (ou melhor, de supercordas), que breve estreará no Teatro Terra. Cargo: auxiliar de serviços gerais. Não se exigem experiência anterior nem folha corrida limpa. Basta ter boa vontade. Que tal?]
 
Pelo menos do ponto de vista artístico, a Terra já pode ter ingressado na Nova Era. Segundo anunciou o Espírito Frederico Chopin, no livro “Devassando o Invisível” (1962), da médium e escritora Yvonne A. Pereira, a partir do ano 2000, “descerá à Terra brilhante falange com o compromisso de levantar, moralizar e sublimar as Artes”.  [Curiosamente, foi justo em 2000 também que começaram a encarnar maciçamente as chamadas crianças cristal. E é considerada como uma das qualidades dessas crianças a sensibilidade, que, por sua vez, é um dos principais atributos de todo artista. Logo...]
Durante um desdobramento espiritual, Yvonne A. Pereira, segundo narra nesse livro, teve um diálogo com Chopin, o qual lhe declarou a intenção de reencarnar no Brasil, também após o ano 2000, em meio à referida falange, que, segundo ele, seria capitaneada pelo Espírito Victor Hugo. Caso tenha se confirmado essa previsão, já podemos estar convivendo com multidões de crianças que revolucionarão as Artes daqui a uma ou duas décadas. Integrarão a nova e necessária intelligentsia de todos os países, em especial os do mundo ocidental, tão carentes de uma escola artística verdadeiramente sintonizada com a Nova Era. [Muitas produções divinais e inspiradas pelas altas esferas existem por aí, do presente e do passado, em todos os ramos artísticos, de todos os estilos e tendências, próximas das necessidades georregeneracionais, mas ainda vivem oprimidas e quase inteiramente ocultadas pelas ideologias dominantes e sensofágicas atuais. Será também uma questão a superar num futuro breve.]
As manifestações artísticas porvindouras não serão apenas apreciadas por sua estética inovadora, mas elas também desempenharão o papel de estimular a ascensão, a sublimação e a sensibilização dos sentidos humanos, principalmente daqueles mais rudes e empedernidos dentre nós. Serão, pois, um recurso a mais para o desenvolvimento de quadridimensionalidades espirituais e para a implantação definitiva do mundo de regeneração.

 

JÁ ESTAMOS CONVIVENDO
COM A NOVA GERAÇÃO ESPIRITUAL

 
Segundo informação de Geraldo Lemos Neto em entrevista ao jornal Folha Espírita, e reproduzida no livro “Não Será em 2012”, outra decisão da conferência interplanetária de 1969, conforme lhe foi revelado por Francisco Cândido Xavier em 1986, foi que “após o alvorecer do ano 2000 da Era Cristã, os espíritos empedernidos no mal e na ignorância não mais receberiam a permissão para reencarnar na face da Terra”.
Entretanto, foi-lhe revelado também que tipo de Espíritos exatamente estaria encarnando a partir do ano 2000. Seriam os “Espíritos mais fortes e preparados, que souberam amealhar, no transcurso de múltiplas reencarnações, conquistas espirituais relevantes, como a mansidão, a brandura, o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações”. Se essa revelação veio da fonte espiritual original exatamente com essas palavras, e se de 1969 até 1999 não houve mudanças de plano da engenharia genética espiritual superior quanto a esse ano-marco zero,  conclui-se que todas as crianças que nasceram a partir do ano 2000 são boa gente de nascença. Nem todas são cristal ou propensas às artes, mas, se bem educadas, estarão prontas para, daqui a alguns anos, acelerar o vagão da moral rumo à estação Nova Era.
 [Algumas das qualidades natas das crianças cristal, que “coincidentemente” começaram a nascer em grandes levas também no ano 2000, são justamente a sociabilidade, a sensibilidade, a amabilidade e a brandura (diferentemente das crianças índigo, que são marcadamente ativas, determinadas e impetuosas). Estariam tais terceiro-milenários mais próximas da mansuetude daqueles que herdarão a Terra, conforme previu Jesus nas Bem-Aventuranças?]
Alguns Espíritos ainda endividados moralmente têm tido a chance de reencarnar na atualidade, para uma tentativa derradeira de resgate. Mas, eles vêm com plena capacidade de aproveitamento da oportunidade extra que lhes tem sido concedida. Afinal, segundo informação de Francisco Cândido Xavier, no mesmo diálogo com Geraldo Lemos Neto, todos os Espíritos que encarnassem a partir do ano 2000, viriam mais fortes e preparados.

Alguns desses integrantes da nova geração espiritual terráquea podem até falhar ou já estar falhando moralmente em suas condutas, mas não determinados por atavismos psíquicos impositivos, nem por tendências malignas redespertadas do inconsciente profundo, do arquivo morto do cérebro perispiritual ou da chamada memória akashica. Eles têm nascido limpos (os novos) ou alimpados (os regenerados), não tendo ligações pré-encarnacionais com as trevas ou com o abismo. Não têm propensão nata para o mal. Não se encaixariam de forma alguma no modelo psicossomático de “criminoso nato”, idealizado pelo polêmico criminologista italiano Cesare Lombroso (1835-1909)[2], mas se encaixarão naqueles modelos psicoespirituais descritos por Jesus nas Bem-Aventuranças, ainda que nesta atual vida pós-moderna alguns deles se apresentem em estilos prafrentex, tímido, bizarro, introvertido, extrovertido etc.
Igualmente, eles não têm mais ou nunca tiveram traços psicogenéticos dos antigos seres reptilianos (“dragões”) consagrados ao mal. Em suma, eles têm nascido moralmente puros, novinhos em folha, sem vícios de fabricação.
Não tendo débitos morais hediondos pesando seus perispíritos, alguns deles podem resvalar na poça do mal, principalmente por deficiências gritantes de educação ou por influências carregadamente negativas do meio em que vivem seus primeiros anos. Além disso, as influências do magnetismo de baixa vibração de Nibiru tendem a instigar condutas nervosas e críticas de muitos de nós, em particular daqueles mais sensíveis, o que pode contribuir para certa agressividade reflexa. Isso para não falar da quase inexistente educação nutricional verdadeiramente contributiva para as saúdes física, mental e emocional. Também a subnutrição e a supernutrição têm sido, ainda que obliquamente, instigadoras de violência, dislexia, hiperatividade, depressão e até esquizofrenia.
 

 

EDUCANDO OS PRIMEIROS ALUNOS
DO NOVO GINÁSIO TERRÁQUEO

 
Nós da velha geração espiritual da Terra e também da geração transicional, ainda que carregados de conceitos, pré-conceitos e preconceitos maculados de toda espécie, temos o dever de ajudar a nós e aos novos alunos-moradores a se posicionar no novo educandário terreal, que breve começará a funcionar. [Curiosamente, segundo informação de Francisco Cândido Xavier, também o Espírito Emmanuel reencarnou no ano 2000, numa cidade do estado de São Paulo, e veio para a crosta com missão específica no campo da Educação.]
Para isso temos de nos submeter à forçada transição de conceitos no que se refere a todas as ciências, inclusive a Educação e em especial as educações moral, nutricional, emocional, artística, meditacional e oracional, através de linhas condutoras livres, saudáveis, construtivas, neutras e desideologizadas. Deve se enfatizar também a educação para a paz e a concórdia fraternal entre povos e nações, o que deve incluir o aprendizado do Esperanto, que muito contribuirá para a efetividade e afetividade das inter-relações baseadas nessas virtudes. [O Esperanto será a coiné linguística internacional e também tem sua cristalidade, considerando que a sua ideia interna tem a ver diretamente com “o amor à paz e à concórdia fraternal entre povos e nações”, mesmos valores atribuídos aos nascidos a partir do ano 2000, segundo Francisco Cândido Xavier.]
 
Nunca a arte de formar caracteres foi tão decisiva como agora.
Contudo, acreditamos que a educação mais necessária para as atuais crianças e pré-adolescentes, muitas delas crescendo em ambientes ainda caducos e perniciosos, é a educação cristicizadora. Esta educa (em verdade, conduz de dentro) para os hábitos e prática das virtudes evangélicas, que são qualidades sociais. [Ao invés da sempre polêmica e parcial disciplina escolar “Religião”, implante-se em seu lugar a disciplina “Educação Crística”, em que sejam ensinados os valores do Evangelho puro de Jesus, democraticamente, não atrelado a qualquer religião ou seita, nem necessariamente ao sistema religioso Cristianismo. Que haja exemplos práticos e adaptados aos contextos pós-modernos, inclusive nos campos da Física, Psicologia, Economia e Direito.]
Para esses calouros pré-inteligentes é necessária uma pedagogia harmonizadora entre o Behaviorismo e o Inatismo, com o paralelo incutimento de uma visão universalista e holística, além de um sócio- e ético-construtivismo, tudo dentro de uma linguagem adaptada a cada faixa etária.
Deve-se se educar, e educar, desde já, para multipensar toda e qualquer realidade abstrata ou concreta, em todos os seus lados, perspectivas e extensões múltiplas, tanto seja ela vista em close, quanto seja vista amplamente, nos seus espaços, dimensões e tempos aninhados. Quer dizer, o sujeito-realidade deve se estender para entender o objeto-realidade por si só multiestendido.
Essa multivisão deverá ser rotineira a partir da quadridimensionalização das realidades subjetivas e objetivas do mundo regenerado.
Quanto mais evoluídos forem os sujeitos-realidade, tanto mais outros aspectos dos objetos-realidade lhe serão descortinados.
 
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Uma tendência doravante é a cada vez maior holisticização de todas as formações religiosas e espiritualistas, em prol da unificação do amor, da paz e da concórdia em todo o globo.
Parafraseando versos do livro “O Profeta” (1923), de Khalil Gibran, os novos filhos não vieram da atual humanidade terrestre, mas através dela, para sedimentar a Nova Era. Mesmo devendo cultuar eventual prática cognitiva ou de fé familiar ou social, que eles sejam educados igualmente para buscarem, por si mesmos, os elementos da sabedoria universal, que permeiam todos os ismos, sofias e logias humanitárias. E que haja muito amor, muita boa vontade, satisfação e alegria no exercício dessa ensinagem preparatória para a usinagem das futuras superconexidades de saberes. Essas quididades educacionais, como sempre, tornam eficiente qualquer método pedagógico. Iluminam. Tendem a transformar alumnus em lumnus. [Muitos pequerruchos e rapazolas atuais já têm sua luz interior trazida do exterior longínquo. Esperam apenas a ajuda de alguém, ou do educandário do lar ou do educandário institucional, para reacendê-la.]
 
E predisponhamo-nos a aprender com eles também. Esses Espíritos terceiro-milenários vêm do zero em nível de pesados débitos morais, mas trazem sua bagagem de conhecimentos, sua educação prévia, muitas vezes mais avançada do que a nossa. Ensinarão coisas novas muito mais a nós daqui a alguns anos do que nós a eles agora. [Alguns deles, na faixa dos doze anos, já têm surpreendido por aí “doutores da lei” pós-modernos, relembrando um caso similar que ocorreu há quase dois mil anos.]
 
É bom gizar, contudo, que sempre aportaram no convés terráqueo (a crosta) ideais futurísticos típicos da Nova Era, provindos de dimensões superiores, a exemplo principalmente da própria Boa Nova proposta por Jesus, além do Espiritismo, Esperanto, Homaranismo, Yoga, Tai Chi-chuan, Vegetarianismo, Homeopatia, a música clássica, Física Quântica, a matemática dos números imaginários, o movimento artístico Nova Era e muitas outras formações “importadas” do Além Superior, pela rota da mediunidade ou da inspiração.
Nos dias (quase literalmente) correntes, em face dos distúrbios vibromagnéticos nos corpos da Terra e no de grande parte de nós, essas formações podem estar sendo de grande auxílio, como terapias, como profilaxias ou como meios de compreensão.
Doravante, graças, inclusive, ao maior empenho dos seus antigos e novos divulgadores, estudiosos e praticantes, florescerão ou frutificarão mais vastamente, em todas as culturas da Terra, com a presença das novas ondas evolucionais e mentes jardineiras progressistas. A safra que se avizinha promete grandes enxertos e inflorescências multicores.
Para tanto, precisamos iniciar incontinenti algumas reflexões tendentes a reformular conceitos pedagógicos e metodológicos, a fim de melhor trabalharmos com os nativos fotogênitos (a geração F (de fótons)), antes que daqui a alguns anos se desencadeie um cataclismo comportamental através da maior crise de gerações de toda a nossa história. E não se tratará de uma crise entre pais e filhos, mas, sim, de uma crise entre duas grandes gerações espirituais: entre a quarta raça, ainda baseada nos conhecimentos tridimensionalistas, e a quinta raça, com expectativas cognitivas baseadas na quadridimensionalidade.
A Geometria, a Geografia, a Biologia, a Matemática, As artes, a História, a Física, a Química etc sofrerão mudanças drásticas em seus conceitos e formas de abordagem, com base em ligações transmultinterdisciplinares.
As redes de saber não se interligarão apenas na horizontalidade da nossa biodimensão. Haverá sinapses cognitivas entre ciências e consciências profundas, culturas e “oculturas”, físicas e metafísicas, religiões e espiritualidades e ética e cosmoética relacionadas a todas as zonas-dimensões do grande cérebro universal...
Teorizemos desde já sobre as infinitas conectividades desses assuntos, ainda que tomando por base as ferramentas de abordagem de que dispomos, a fim de minimizarmos os impactos desse cataclismo neuropsicocognitivo.
Se abrirmos a mente para os novos conhecimentos (dos quais muitos estão chegando no compartimento de bagagens de gigantes naves interestelares), sem preconceitos, poderemos dar um grande salto quântico na busca da chamada “Filosofia Perene” (que trata dos pontos de ligação entre todos os saberes terrestres na esteira dos tempos e dos espaços, e que poderia mais justamente ser chamada de Filosofia Cognitiva Holística).
Também poderemos nos aproximar mais da (sempre futura e atraente) Teoria de Tudo, inclusive porque daqui a algum tempo começaremos a receber dicas luminosas e essenciais que nos guiarão até o eldorado desses saberes unificados. É que, provavelmente, os grandes idealizadores dessas propostas cognitivas universalizadoras já voltaram do passado de nosso tempo e do avançado futuro paralelo deles, para completá-las e realizá-las. Esses gênios já podem até estar sentados na primeira fileira de carteiras das salas de aulas atuais (embora alguns outros deles possam estar sentados lá atrás, em meio à turma do fundão, dormindo ou ouvindo música pelo compufone, por ora).
 
Enquanto sob nossa tutela educacional, o ideal é que as aquisições cognitivas dos atuais infantes, desde o berço, baseiem-se na moral crística pura e nas verdades universais já reveladas para nós até agora, como por exemplo:
 
·  Deus, como a inteligência suprema acima e dentro de todo o universo;
·  a pré-existência e a pós-existência do Espírito pela linha sinuosa dos processos encarnacionais;
·  as leis divinas e naturais;
·  os ciclos evolutivos;
·  os endoplanetas e exoplanetas habitados;
·  os mundos biodimensionais e suas intercomunicações energéticas e inteligentes...
Se para a maioria de nós, repetentes contumazes da classe fundamental, esses temas desafiam formas de raciocinar típicas de universidade, pelos ginasianos fotogênitos serão compreendidos ainda no primeiro semestre. Além disso, não serão assuntos confinados em religiões e formações espiritualistas ou esotéricas, mas serão pontos de todas as matrizes escolares, não como conteúdos reservados para a última aula de sexta-feira, mas como base natural de todas as disciplinas curriculares.
Desde já, ainda que em nível teórico, esses conceitos devem ser disseminados como temas propedêuticos, para despertar as inteligências espiritual e cosmosófica e para pré-fortalecer o poder de compreensão, tanto o nosso como também o dos juveníssimos perguntadores fotogênitos e futuros pensadores ainda no período transicional. [Para nós da velha guarda serão úteis como saídas libertárias do labirinto de conhecimentos equivocados do passado, bem como para que mais transparentemente busquemos a verdade que liberta (confiados em João, 8:32).]
Há muitos outros assuntos cognitivos considerados como basilares ou propedêuticos para o entendimento dos novos fatos reais, naturais, espirituais e cosmológicos que nos envolverão a todos daqui a algum tempo.
Esses assuntos acima listados, a nosso ver, são alguns pontos de ligação mais sólidos dos fundamentos de todos os saberes. Baseiam-se nos postulados da Doutrina dos Espíritos, a qual, por si só, já tem um grande quê de fundamentalidade, universalidade e unificabilidade.
[Todos os demais ismos, logias e sofias dos nossos geomundos, do presente e do passado, que também visam ao bem comum de toda a humanidade, têm suas contribuições principiológicas para cointegrar essa coiné gnosiológica global, esse aqui proposto fundamento geral ou fundamento dos fundamentos para todos os velhos e novos terráqueos. Uma utopia? Por enquanto, talvez.]
Contudo, quer sejam os temas-assuntos supraexemplificados, quer sejam outros que se disseminem na geração terceiro-milenária que chega, é necessário que eles sejam envolvidos com muito espírito de fraternidade, respeito, brandura e amor. Estes sentimentos, que são verdades insofismáveis e que devem funcionar como a onda portadora de todos os conteúdos cognitivos, muitas vezes serão aquilo que os novos educandos mais desejarão e precisarão para preencher inicialmente não o cérebro, mas o coração. [A educação crístico-afetiva deve ladear toda e qualquer instrução e método de instrução, em todas as épocas e eras, em todos os lugares e dimensões, com pensamentos, palavras e ações concretas. E cada um de nós esforce-se para utilizar o próprio exemplo como principal recurso didático. Esse é o principal plano de ensino que nós, pais, tutores, responsáveis e trabalhadores-educadores da última hora-aula, devemos observar.]
 
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Um dia mais adiante (talvez a partir do ano 2025, depois que chegar a segunda grande leva dos novos terceiro-milenários, que serão os filhos da turma de 2000 e que constituirão a segunda turma ginasiana), as verdades que hoje ainda denominamos de sobrenaturais serão tidas como naturais e serão compreendidas por bilhões, não só pelas vias cognitivas, mas principalmente pelas vias sensoriais.
Por ora, nós, adultos da geração transicional, precisamos contribuir atentamente para o crescimento saudável e feliz dessa chamada quinta raça humanitária que começa a surgir para transformar a Terra no “paraíso recuperado”. Empenhemo-nos para não exercer na vida desses novos adãos e evas sob nossa custódia o nefasto papel da serpente que induziu a edênica Eva ao pecado original. Eduquemo-los com amor e para o Amor, a instrução, o trabalho e as virtudes lecionadas pelo Mestre dos mestres, principalmente a partir do nosso esforço constante de nos conduzir exemplarmente e dos diálogos sensatos, mansos e coerentes.
 
“Disse Jesus a seus discípulos: É impossível que não venham tropeços, mas ai daquele por quem vierem! Melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma pedra de moinho e fosse lançado ao mar, do que fazer tropeçar um destes pequeninos.” - Lucas 17:1-2
 
E, por fim, é de bom tom que não nos alardeemos diante deles como doutores sabem-tudo. A qualquer momento, um dos irreverentes calouros de doze anos, inspirando-se em alguém de mesma idade do passado remoto, pode nos surpreender com conhecimentos totalmente inovadores e nos deixar de queixo caído (☺).


[1] Verso da canção “Vaca Profana”, de Caetano Veloso.
[2] Fundador da Antropologia Criminal, que pré-classificava os criminosos natos, mesmo que ainda fossem crianças, a partir da análise de algumas de suas características corporais.

Josenilton kaj Madragoa
Enviado por Josenilton kaj Madragoa em 01/10/2012
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