PROBLEMA SEM SOLUÇÃO. QUE FAZER?

Escrever sobre política em espécie é perda de tempo. Quando há algo maior para preencher nossas finalidades, imensidade de temas a nos desafiar a pesquisa e o estudo, ou o diletante lazer, tudo com proveito, quando acompanhamos faz tempo o gigantismo com que a política impulsiona a corrupção, seria debochar do que aprendemos e violentar nosso interior combater o péssimo combate.

O péssimo combate fica para os péssimos combatentes, e eles se chafurdam nesse caldo.

Surgem nesse combate até mesmo novos penalistas construindo “novas excludentes de criminalidade” e novos tipos às avessas, confira-se o novo projeto de Código Penal, alargando sem nenhuma possibilidade as clássicas figuras que afastam a conduta criminosa, legitimando-as, existentes data muito o que é imodificável.

Inovam os primários e neófitos penalistas na ciência do “tipo penal”, construção fantástica do germânico Beling, teoria do tipo, trazendo tranquilidade para a sociedade, quando retirou dos julgadores a decisão pelo livre arbítrio.

É a inovação do nada, a cerebração das nulidades, o escopo, o objetivo ensinado pela famosa didática do erro de Maquiavel, tão em moda, tudo para atingir um fim sem importarem os meios.

Nessa arrancada para o absurdo festejado popularmente por índices notórios, penalistas novos ensaiam tolices, sociólogos de “arranjo” formulam teses sem saberem estabelecer diferenças entre Kant e Comte, economistas de ocasião tornam-se profetas das soluções da crise, tudo, porém, com nítida finalidade, empurrar as soluções para o vazio permanente.

Basta como dizia Sêneca, uma espetacular receita: “silêncio, paciência e tempo”

Silêncio os mais afoitos não exercem, paciência é desnecessário, pois todos já sabem o desfecho de escândalos, “nenhum”, tempo, este sim, resolve tudo.

Não perco tempo com coisas pequenas, fadadas a permanecerem como estão por força da falácia em geral na “política”, pequenas embora de grandes proporções para a sociedade que não tem armas para reagir, lhe falta educação para o ato de votar.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/09/2012
Código do texto: T3909595
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.