DÚVIDAS..
É pela dúvida que se chega ao conhecimento. Quem não coloca nas questões fundamentais a proposição interrogativa não acende a luz de perceber mais e errar menos.
Não se deve dar um passo em frente deixada a dúvida sem esclarecimento. O acúmulo de dúvidas faz o acervo da incultura, difícil de erradicar posteriormente.
Pequenos exemplos, que nunca comentaria, não o faço nem em favor do esclarecimento, por ser indevido. Entendo as vaidades como teatro de fantoches, e fantoches passam, não configuram nem contribuem para a realidade.
Todos erramos, erro muito também, e respeito os erros visíveis, mas não continuo a caminhar levando comigo a dúvida, e é esse o ponto central contributivo da abordagem.
Os que quiserem esmero procurem se esmerar..ou vivam na dúvida. Mas o corriqueiro em dúvida deve clamar pela elucidação.
Em nossos dias, com a disponibilidade de um teclado para multidões, onde estaria um pouco de conhecimento, nota-se a negligência com o aumento da absorção de mais saber de forma a diminuir o gigantesco não-saber.
Conformar-se com pouco, é aumentar o muito de passar ao largo da informação. Quando se sabe o esforço hercúleo feito pelos monges medievais, escondendo em seus monastérios a cultura dos clássicos vindos dos gregos e dos romanos, ela que nos chegou por essa ocultação aos vândalos que não puderam destruí-la, como fizeram a tudo, ressalta a surpresa de poucos frequentarem essas riquezas, raízes da cultura ocidental.
Que seja, mas o mínimo de comunicação como um simples grafar corretamente o diminutivo de palavras deve ser conhecido, ou a corriqueira acentuação, para que porção, quantidade, não vire porcao, suíno.
Sem a cultura mínima referida, seríamos um infante que começa caminhos novos sem estruturas. Mais fácil partir do conhecido do que do desconhecido em rumos. Como em filosofia, buscar o inexatamente conhecido, mas conhecido, diverso do hipoteticamente desconhecido.
Viver com muitas dúvidas, como todos vivemos, é desconfortável quando as dúvidas pequenas não são dissipadas.
Sem dúvidas menores, o sabor de ver mais e cegar menos nos dá prazer de frequentar qualquer tema, ainda que superficialmente.