A OFENSA.

A língua da ofensa é mais pesada que a mão do carrasco. Não fere, mata.

As marcas do castigo corporal cicatrizam, do verbo ofensor permanecem gravadas para sempre. Se a ofensa parte de quem se admira apaga-se a admiração.

Apagada a admiração restam traços das emoções vividas que retratam a desilusão do sonho.

A vida real que forra a estrada de alegria é feita de paixão e quimera.

Não são as conquistas materiais que enfeitam a caminhada, são os momentos de sonho enredados na paixão das trocas que movimentam a felicidade em sua maior significação.Não há céu que encampe a felicidade, nem espaço que possa abrigá-la.

A ofensa é como um tornado que varre e devasta todos os devaneios vividos.

A lembrança é deslembrança do pesadelo da ofensa.Olha-se a imagem de quem ofendeu e nos parece uma pessoa desconhecida....

Como ensinava São Tiago em suas cartas, os cavalos embora grandes corporalmente têm freios na língua...e por ela são conduzidos.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 28/09/2012
Reeditado em 10/11/2012
Código do texto: T3905950
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