Uma história que ainda não é
Tantas histórias para contar, mas nenhuma que lhe dê inspiração suficiente para avançar. Escrever um livro é difícil. Delinear minhas palavras em forma de personagens que eu possa dar vida. Dar-lhes o que de mais valioso possuem: sentimentos. São formas de pensamentos que aqui ganham o que de mais valioso possuem.
Mas já existem tantas boas histórias. Como criar um personagem que não já existe? Ficar olhando para a tela em branco é tortura. Dói. É minha dor misturada com meus personagens. São eles sendo criados sem que eu mesma saiba. Eu dou vida quando escrevo. Eles, sim, ficam ocultos. Eu oculto seus demônios porque tenho medo que encontrem os meus. Mas isso pode ser belo, há de ser belo. Não há aqui uma restrição. Eu, o escritor, posso criar o que bem entender na hora em que entender.
Sair misturando as palavras para tentar encontrar a certa; aquela que faz seus olhos brilharem; que te faz rir; te faz chorar; te deixa aflito; que te faz querer entrar ali; te faz querer ser meu personagem...
Uma história que ainda não é história.
E a tela em branco continua te observando...