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Hábito Feio 
 
 
         Hoje quero descer o cacete nas classificações. Como não pertenço a classe alguma, a minoria nenhuma, abomino todas as separações, as medonhas segregações. Não é questão de ego, não. É que acredito mesmo que somos todos farinha do mesmo saco, como afirmo de boca cheia, sempre que posso. Parece-me, que a partir do momento que assimilarmos essa verdade, teremos meio caminho andado, no sentido de eliminarmos nossos desastres. O pensamento é simples se somos todos irmãos, então, é melhor nos aceitarmos como tal. Sem divisões! Até porque só existe a diversidade dentro de todos os grupos. Inexiste um grupo de pessoas, realmente, iguais. O que existe, o que é aceitável, são as semelhanças. Ponto! O resto pode ser classificado entre conveniências e fraudes!
         As pessoas pegam algumas características, que juram que viram, em uma vítima e, imediatamente, tentam encaixá-la em um grupo. Há uma necessidade de classificar muito triste, deprimente... Não esperam ao menos, terem dados suficientes. Vão logo “enquadrando”... Claro, como era de se esperar, erram quase sempre!
         Tenho que admitir que também agia assim, lamentavelmente. Realmente, é um comportamento muito cômodo e, praticado esmagadoramente... A partir do momento que identificamos a “espécie” da vítima, junto, imediatamente, vem todo um catálogo, referente a comportamento, manias, paixões, desejos, fraquezas... Uma ou outra qualidade... rsrs Mas, sinto informar, que está equivocado.
         Apesar de sermos todos irmãos no sentido completo da palavra, não somos iguais. Ninguém é igual alguém... Pode parecer, lembrar, mas nunca ser igual. Mesmo tendo a mesma educação, a mesma cultura, alguns gostos em comum, algumas tendências... Entretanto, se nos debruçarmos com um pouco mais de atenção, perceberemos diferenças viscerais. O terrível é que boa parte das vítimas (pessoas) não conhece a si próprio, ou, não gostou do que viu. Então, facilita a aderência ao estereótipo. Abomino todos! Penso ser uma falta de criatividade criminosa.
         O que torna o mundo viável é a diferença.
          Por favor, não se abaixe para se encaixar. Não se minimize para se adequar. Não se castre, para agradar! Ao contrário, preste atenção no que você é diferente, construtivamente falando.
          A diferença é a contribuição que o Universo espera de você.






O final em poesia e música, no link abaixo:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/09/habito-feio-adeus-estereotipos.html
 
 
 
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Claudio Poeta
Enviado por Claudio Poeta em 26/09/2012
Código do texto: T3902833
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