Consciência da Imaginação - Sonho III

Desta vez, encontrei com a minha paixão, o anjo feminino, a donzela dos olhos azuis do meu primeiro sonho. Pareceu-me real, meu coração disparou...

Sorridente, apresentou-se, perguntando:

- Já se lembra de mim?

Respondi-lha, laconicamente:

- Não!

- Sou Estela.

- Oi Estela, como vai?

Sentimento estranho, estar diante de fulgurante jovem conhecida, mas completamente esquecida, bem, nem sei como explicar aquela situação...

Logo, começou cair a fixa. Estela começou a fazer perguntas pelas quais foram clarificando e dando sentido àqueles sonhos.

- Lembra-se da aldeia: Águas claras?

Nossa aquela lembrança bateu fundo em minha alma, e começou a desenrolar o meu pensamento, o filme era muito real onde eu protagonizava aquela vivência. Vi-me envolto a outras pessoas, e não me lembrava de seus nomes, embora, fossem plenamente daquele convívio, Estela estava ao meu lado com a mesma exuberância, e comecei a me perceber seu esposo, pela maneira com a qual ela me tratava, com muito respeito e deferência, conforme o padrão daquele tempo.

Vivendo em dois planos simultâneos, pois, conforme vivia o meu sonho, vivia o filme, parecia-me um sonho em que sonhava estar dentro de outro sonho. Como se vivesse duas vidas, uma hodierna e outra medieval. Uma movimentada pelo burburinho dos dias informatizados, e outra lá com Estela, permeada por castelos e cavaleiros digladiando-se entre si com suas armas brancas, espadas e outros que tais... Três meninos lindos eram nossos filhos. Morávamos naquele castelo e, éramos fidalgos naqueles dias de antanho. Como passe de mágica, nos vimos novamente dentro do castelo, na sala principal. Os portais se encontravam lá, e, o meu inimigo oculto nos espreitava, enquanto, dialogávamos. Estela parecia não se importar muito com meus medos. Aquele homem forte segurava uma espada, que dava para perceber pela transparência estranha do enorme portal. Coisas visionárias de sonhos. Haja vista porta de castelo ser espessa e maciça.

O inimigo começa a bater com aquela espada, e aos berros para que abríssemos o pesado portal...

Acordei...

O sonho continua...

jbcampos
Enviado por jbcampos em 26/09/2012
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