E você me fez trocar Gegorgia por Ebrima
08:25 e a única coisa que fiz até agora foi trocar Georgia por Ebrima, justifiquei o texto, aumentei a fonte para o tamanho 12, mudei o espaçamento de linha para 1,0 e removi o espaço depois do parágrafo. Mal sabe você que eram 06:40 da matina e eu estava mais preocupada em te escrever do que tomar meu café da manhã. Se qualquer dia desses, eu desmaiar porque demorei muito para tomar o café da manhã, saiba que a culpa é única e exclusivamente sua.
– Saia da minha cabeça – Eu imploro. Pareço criança implorando para não ter que comer feijão, verduras, legumes ou bolinho de espinafre. Eu imploro, mas você não sai da minha cabeça. Até parece que adora me torturar. Faz-me pensar em você quando eu tenho que estudar para uma maldita prova de matemática que eu esqueci totalmente que teria. – Por favor, pare de me fazer pensar em você e deixe-me em paz estudando logaritmo. Agradecida. – Bem, nem tanto agradecida, afinal, você não me deixou em paz. Você nunca me deixa em paz.
– Mentira!!! – Meu pensamento grita comigo. A verdade é que você me deixa muito em paz. Deixa-me em paz quando você passa esses teus braços em volta de mim e me protege como se eu fosse um bebê recém-nascido e frágil. Você deixa-me em paz quando sorri para mim, quando faz cara de bobo, quando me olha e não diz nada. Deixa-me em paz quando você está do meu lado e eu sei que você está bem...
Mas ainda insisto que você não me deixa em paz porque sei que mente para mim ás vezes dizendo que está bem e eu sei que não está. Aí eu junto todos os meus ataques neuróticos em um só e fico me preocupando com você e falo todas as besteiras do mundo e começo uma discussão boba e coloco a culpa em mim e você briga comigo dizendo que a culpa não é minha e eu percebo que estou agindo igual uma criança e peço-te desculpas e a gente se entende e nessa onda de “es” eu me pego citando Mallu Magalhães: “Eu sei que é complicado amar tão devagarinho e eu também tenho tanto medo. Eu sei que o tempo anda difícil e a vida tropeçando, mas se a gente vai juntinho, vai bem”.
E em meio a essa minha confusão ambulante, eu só quero que você saiba que eu sou sua. Completamente sua. Só sua. Talvez não “oficialmente”, mas isso é só porque eu odeio ter que ficar rotulando as coisas. O que eu quero que você entenda é que eu gosto de você. Mesmo. E muito ainda. E eu não vou embora. Nunca vou embora. Eu quero que você entenda que eu continuo aqui do seu lado. Eu posso não dizer para você com todas as palavras tudo o que eu sinto, mas acho que continuar do seu lado, deve significar alguma coisa. Pelo menos para mim significa alguma coisa.
Estar ao seu lado significa que eu sempre vou ter um corpo ao meu lado para ajudar a me sustentar quando eu estiver cansada; significa que eu sempre vou ter ao meu lado um ombro que me permita encostar minha cabeça nele e ter as minhas crises de criança; significa que eu sempre vou ter ao meu lado alguém que me escute, que me entenda e que também implique comigo por causa dos meus gritos e exageros; significa que eu sempre vou ter ao meu lado alguém que não se importe em passar os braços ao redor de mim, cuidar de mim e me proteger. E se eu continuo aqui ao seu lado para você poder cuidar de mim, significa que eu continuo ao seu lado porque eu também sinto essa necessidade de te proteger.
No final, a única coisa que eu quero que você entenda é que eu amo você. Amo com as minhas confusões, mas amo. E isso deve significar alguma coisa também...