O PASSADO E O SONHO...
O passado, sempre me intrigou...
Para mim (como para qualquer outra pessoa, penso eu) sempre foi um sofrimento recordar coisas vividas, ou momentos felizes curtidos ao lado de alguém que, talvez, já nem fizesse mais parte de minha vida...
Ao pensamento, sempre se fazia presente o lirismo de um sorriso, o sabor de um beijo, o aroma de um perfume, a excitação de um carinho, o fremir de um corpo apaixonado. Uma lembrança sempre gostosa, mas quase sempre doída...
Certa noite, um sonho...
Com alguém que eu conhecia. Que nunca significara coisa alguma para mim. Que nunca tivera nada a ver comigo. No sonho, o romance. O carinho. A paixão. A entrega. O amor. Tudo...
Eu podia jurar que realmente estava vivendo tudo aquilo...
Ao despertar, a realidade...
Somente um sonho, nada mais...
Eu não vivera aquilo. Eu sonhara...
Mais tarde, num devaneio, num estalo, a verdade revelada...
O passado poderia ser contado como um sonho?...
E um sonho? Poderia ser recordado como um passado?...
Afinal, ambos não são abstrações? Não são pedaços de uma estória? Realidades virtuais de diferentes naturezas? Sim, miseravelmente sim. São capítulos de um conto já vivido. De uma aventura já contada. Só são encontrados naquilo que nós temos de mais íntimo: nosso cérebro. Então, ambos, depois de acontecidos, não passam de uma ficção...
Impalpáveis, falsos, manejáveis, manipuláveis por nossas mentes que os resgatam (e os revelam) da maneira, quase sempre, que melhor nos favoreça. Não é verdade?...
O passado, assim como qualquer um de nossos sonhos, se quisermos, pode virar uma mentira. Uma estória vivida por nosso corpo. Dentro ou fora dele - não importa – desde que adaptada em nossa mente. Aceita por nosso espírito. Revelada por meio de nossos lábios...
Ambos, sonho e passado, podem ser revividos sim, e recontados por nós. Mistificados. Como um engodo...
Agora eu os aceito como uma irrealidade: não têm comprovação nem podem ser contestados...
Assim, finalmente, acho que devam ser encarados...
Esta é, para mim, uma verdade que me deixa aliviado...
Ela me liberta de antigos jugos...
Hoje, graças a Deus, quando me recordo de qualquer momento que, no passado, vivi ou sonhei, já não sofro mais...
Eu, afinal, se quiser, posso me consolar e, sem traumas, fingir...
O sonho - Posso jurar que vivi...
O passado - Posso mentir que sonhei...
***
O passado, sempre me intrigou...
Para mim (como para qualquer outra pessoa, penso eu) sempre foi um sofrimento recordar coisas vividas, ou momentos felizes curtidos ao lado de alguém que, talvez, já nem fizesse mais parte de minha vida...
Ao pensamento, sempre se fazia presente o lirismo de um sorriso, o sabor de um beijo, o aroma de um perfume, a excitação de um carinho, o fremir de um corpo apaixonado. Uma lembrança sempre gostosa, mas quase sempre doída...
Certa noite, um sonho...
Com alguém que eu conhecia. Que nunca significara coisa alguma para mim. Que nunca tivera nada a ver comigo. No sonho, o romance. O carinho. A paixão. A entrega. O amor. Tudo...
Eu podia jurar que realmente estava vivendo tudo aquilo...
Ao despertar, a realidade...
Somente um sonho, nada mais...
Eu não vivera aquilo. Eu sonhara...
Mais tarde, num devaneio, num estalo, a verdade revelada...
O passado poderia ser contado como um sonho?...
E um sonho? Poderia ser recordado como um passado?...
Afinal, ambos não são abstrações? Não são pedaços de uma estória? Realidades virtuais de diferentes naturezas? Sim, miseravelmente sim. São capítulos de um conto já vivido. De uma aventura já contada. Só são encontrados naquilo que nós temos de mais íntimo: nosso cérebro. Então, ambos, depois de acontecidos, não passam de uma ficção...
Impalpáveis, falsos, manejáveis, manipuláveis por nossas mentes que os resgatam (e os revelam) da maneira, quase sempre, que melhor nos favoreça. Não é verdade?...
O passado, assim como qualquer um de nossos sonhos, se quisermos, pode virar uma mentira. Uma estória vivida por nosso corpo. Dentro ou fora dele - não importa – desde que adaptada em nossa mente. Aceita por nosso espírito. Revelada por meio de nossos lábios...
Ambos, sonho e passado, podem ser revividos sim, e recontados por nós. Mistificados. Como um engodo...
Agora eu os aceito como uma irrealidade: não têm comprovação nem podem ser contestados...
Assim, finalmente, acho que devam ser encarados...
Esta é, para mim, uma verdade que me deixa aliviado...
Ela me liberta de antigos jugos...
Hoje, graças a Deus, quando me recordo de qualquer momento que, no passado, vivi ou sonhei, já não sofro mais...
Eu, afinal, se quiser, posso me consolar e, sem traumas, fingir...
O sonho - Posso jurar que vivi...
O passado - Posso mentir que sonhei...
***