Homossexuais
Por José Calvino
Na décima primeira Parada da Diversidade do Recife, deste ano (2012), não houve violência e discriminação vivida por lésbicas, gays, bissexuais travestis e transexuais. A mobilização tomou proporções gigantescas e acompanharam a marcha cerca de 400 mil pessoas (segundo dados da Polícia Militar de Pernambuco). O evento já se tornou uma festa fixa no calendário da capital pernambucana. É a diversidade cantando, brincando sem preconceito debaixo do sol de verão recifense, reivindicando os seus direitos e contra a homofobia. A Parada é uma iniciativa do Fórum LGBT de Pernambuco, com patrocínio da Prefeitura Cidade do Recife, da Empetur e do Governo do Estado e desfilou este ano com o tema: “Democracia em Todos os Cantos e Vamos Cantar um Pernambuco sem Homofobia”, com o objetivo de motivar o engajamento de pessoas em movimentos sociais na defesa dos direitos sexuais.
Em 1999, quando houve uma passeata de homossexuais (masculinos e femininos), pela primeira vez aqui no Recife, desfilaram travestidos pela Avenida Boa Viagem e promoveram várias manifestações. Uma delas, como bandeira de luta universal, foi a discriminação, sob o slogan: “Orgulho Gay”... Por causa do respaldo da reivindicação, os presos homossexuais conseguiram encontro conjugal. Acontece que muitos estão esquecendo de que a verdadeira e sincera fraternidade humana não consiste no egoísmo, na vaidade e no orgulho. Convém lembrar o mestre Gilberto Freyre quando, no monumental livro “Casa Grande & Senzala, dignifica o xangô (catimbó-umbanda), seita, até então, em tempos idos, escorraçada a golpes de cassetetes pela ação da força policial.
(Trecho publicado na Folha de Pernambuco/1999).
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