TORCIDAS ORGANIZADAS E O FANATISMO RELIGIOSO

Conversando com um amigo ele me contou que a família dele era formada só de irmãos, sete no total, e eu perguntei curioso (também me lembrei do filme “Sete noivas para sete irmãos) como era esse convívio de tantos irmãos.

Imaginei que devia ser o maior pau e a resposta dele não poderia ser mais emblemática:

“ Não é bom, embrutece”.

Há algum tempo tem me chamado a atenção as torcidas organizadas e alguns dos movimentos radicais que pipocam pelo mundo, e vejo neles um fio de ligação.

Este fio de ligação, a meu ver, é a falta da presença feminina. Este simples fato embrutece qualquer movimento.

Quando eu vejo as torcidas organizadas dos grandes times, não tem como não pensar que daquilo não pode dar nada de bom.

Homens enfileirados um ao lado do outro, abraçados ombro a ombro e fazendo coreografias em movimentos que vão para lá e para cá é pura ilusão de sentimento bom. Aquilo vai dar em pancadaria e violência.

O homem tem a tendência, quando em grupos, de darem vazão, por meio da violência coletiva, aos seus recalques, às suas frustrações, que normalmente são muitas e acabam caindo nestes grupos radicais.

Normalmente estes homens não possuem uma vida afetiva positiva, não possuem um convívio com aquilo que só a verdadeira feminilidade poderia lhes dar, que é o equilíbrio e a humanização.

No radicalismo religioso também tem muito disso, homens sem outras bandeiras, com poucas perspectivas de vida, e sem o convívio benfazejo da feminilidade nos seus dias a dias, neste caso também por motivos culturais, acabam aderindo a causas que só servem como válvula de escape para dar vazão aos seus, infelizmente, embrutecimentos, que a presença deste convívio teria amenizado.

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 “Na realidade, o homem não é o sexo mais forte, mas apenas o mais grosseiro, isto é, mais grosso material e, assim, mais denso; a feminilidade, porém, não é o sexo mais fraco, mas sim o mais delicado, menos denso, fato que nada tem a ver com fraquezas.” Abdruschin em sua Mensagem do Graal ‘Na Luz da Verdade’ dissertação O sexo fraco - www.graal.org.br