Meiga
Eu sempre tive vontade de ser uma mulher meiguinha, dessas cheias de frescurites e nhém, nhém, nhém... Mulheres do tipo que chegam e a maioria dos homens ficam babando. Não me importaria mesmo em ser uma dessas meigas que fazem sucesso... Só por uma temporada para ver como é ser assim...
Mas ao contrário disso, sou toda serelepe, falo pelos cotovelos, sou agitadíssima! De meiga nada tenho.
Então, mesmo com todos esses agravantes, eu gostaria de ser uma mulher meiguinha, porque essas criaturas são catalisadoras da atenção de todos em geral, digo isso porque tem uma menina meiga dessas aqui no bairro e que todos ficam com cara de bobo, achando a menina quase um doce de leite, um moranguinho, uvinha... que não é mesmo meu caso; eu tô mais pra jaca, abacaxí, manga rsrsrs. Mas ao mesmo tempo fico tentando me imaginar 24 horas por dia fragilzinha, bobinha, tchutchuquinha e simplesmente não consigo. E pior, a maioria das mulheres que conheço são como eu. E os homens colocam os apelidos mais medonhos, dizendo que somos insensíveis, cobras, e tal rsrsrs. Mas é que nossa feminilidade é apresentada mais pela irreverência do que pelo ar frágil.
Podem se perguntar, ao me ler, porque eu sou tão preconceituosa quando julgo a mulher meiga? Pior que não sou. Ajo assim porque hoje em dia me permito ser incoerente 5 minutos por dia, ser imatura mais 10 minutos por dia, ser inconsequente mais 20 minutos por dia, enfim, enlouquecer um pouco por dia a fim de manter a minha sanidade mental, e nessas horas é que faço essas análises do comportamento humano. E que lugar melhor pra colocar isso?
E continuando a falar na menina meiga do bairro, depois que escrevi esse post e guardei nos meus rascunhos pra revisar, encontrei a moça na rua com um marido lindo e uma filha mais linda e fofa. O que pode comprovar minha tese que as mulheres meigas chamam mesmo a atenção de todos. Principalmente dos homens lindos!