O homem perfeito
O homem perfeito?! Onde? Cadê? Não, não adianta procurar, ele não existe. Como também não existe a mulher perfeita.
Se observarmos bem, as mulheres de hoje estão sendo muito exigentes em relação aos homens. É compreensível que depois de séculos de opressão, de submissão, de viver à sombra do homem, a mulher queira escolher o parceiro ideal. Entretanto, encontrar esse parceiro ideal está cada vez mais difícil.
“A revolução feminina provocou enormes mudanças no comportamento das mulheres e no modo como elas se relacionavam com os homens. Elas conquistaram direitos, espaços e se tornaram independentes – financeira, social e culturalmente -, num curto espaço de tempo...no Brasil, elas não tinham sequer direito ao voto até os anos 1930. Mas a luta que era quase por direitos humanos – pelo direito de escolher se queria ou não se casar, se queria ou não ter filhos, se queria ou não estudar, se queria ou não trabalhar, se queria ou não ter prazer – acabou extrapolando para outras fronteiras.” (trecho do livro A mulher e seus segredos, de Luiz Cuschinir). O que acontece é que a mulher está perdendo a mão, está extrapolando (como diz o texto), exigindo um modelo de homem que simplesmente não existe. E, em busca dessa perfeição, acaba ficando cada vez mais insatisfeita e infeliz. Pulando de relacionamento em relacionamento, ela se sente cada vez mais frustrada e sozinha.
Às vezes, em meio a uma conversa com algumas mulheres solteiras ou separadas, não é raro ouvi-las dizer que esperam por um homem que seja inteligente, bonito, elegante, bem sucedido, bem resolvido, sensual e divertido. Há uma amiga que diz: “Homem tem de ser chique, ter charme, ter cheque e dar choque.” Seria um sonho encontrar um homem assim! Porém, quando eles têm uma coisa, falta outra. Muitas vezes, o cara é até bonito e inteligente, mas, não é tão bem sucedido e lhe falta uma boa dose de humor. Outras vezes, há homens que são feios, nada sensuais, mas são inteligentíssimos e super bem-humorados.
Como dissemos no início, se não há homem perfeito, tampouco existe a mulher perfeita.
Começo falando por mim. Reconheço que não tenho a beleza das estrelas de televisão, que não tenho um corpo escultural, que não sou exuberante, que tenho baixa estatura. Mas sei que sou inteligente, simpática e agradável no trato com as pessoas, embora isso não seja unanimidade. Sou vaidosa, mas não sou exagerada no vestuário, nem na maquiagem, nem nos acessórios. Gosto de me produzir, mas definitivamente não sou perua. Não sei fazer trabalhos manuais, como tricô, crochê, costura, bordado, porque nunca tive paciência para aprender. Também sou uma cozinheira não muito dada a fazer variedades. Faço uma comida gostosa sim, mas não sei e não gosto de fazer bolos, tortas, doces. Não gosto de lugares muito sossegados e não gosto de pescar (meu marido adoraria se eu gostasse), mas gosto de bailes, de carnaval e de festas (meu marido adoraria se eu não gostasse). Gosto de casa limpa e organizada, mas não sou neurótica, não tenho mania de limpeza a ponto de fazer as pessoas tirarem os sapatos antes de entrarem em casa ou de não fazer uma fritura para não engordurar a cozinha. Sinto ciúmes do meu marido, claro, mas não o torturo com isso. Não perco tempo rastreando celular, verificando bolsos, cheirando as roupas dele, procurando marcas de batom. Se ele resolvesse ter um caso, acho que eu saberia sem procurar saber e, se soubesse, procuraria resolver sem baixarias, escândalos, sem chantagens emocionais ou qualquer outro tipo de atitude que me causasse autopiedade. Eu sairia da relação e pronto. Simples assim. Não sou estressada. Não sou de discussões, de brigas. Acho que um bom diálogo é sempre mais eficaz. Também não sou de frequentar muito a casa das pessoas. Minha mãe sempre dizia que devemos nos dar bem com nossos parentes e vizinhos, mas, exceto em momentos de precisão, é melhor que cada um fique em seu próprio canto. É a melhor maneira de evitarmos fofocas, intrigas, disse me disse. Mamãe estava certíssima.
Como se pôde observar não sou a mulher perfeita. Não nos padrões que muitos acreditam que sejam os de mulher ideal: bonita, exuberante, super vaidosa, inteligente, prendada, avessa à diversão, exagerada com a limpeza, obsessiva e possessiva, sempre disposta a uma briga, a um enfrentamento. Não sou. E estou satisfeita comigo por ser assim. Se tenho minhas imperfeições, como posso exigir que “meu homem” seja um deus?
Para que haja um bom relacionamento é preciso que a gente saiba valorizar as qualidades do outro e tente conviver com seus defeitos. É preciso exercitar constantemente a tolerância, a paciência, a compreensão. A gente não deve esperar do outro mais do que ele possa dar, e não é justo culpá-lo por nossas frustrações, fracassos ou incapacidades. Quando fazemos nossas escolhas, inclusive por ele, somente nós somos responsáveis por elas.
Portanto, mulher exigente, pare de procurar o homem perfeito. Tente aceitar a si mesma primeiro e a reconhecer suas próprias imperfeições. Abra a guarda e deixe que venha, não um príncipe, mas um homem que, mesmo imperfeito, possa fazê-la feliz. Por quanto tempo? Não importa. O importante é, pelo menos, tentar encontrar a felicidade.
Se observarmos bem, as mulheres de hoje estão sendo muito exigentes em relação aos homens. É compreensível que depois de séculos de opressão, de submissão, de viver à sombra do homem, a mulher queira escolher o parceiro ideal. Entretanto, encontrar esse parceiro ideal está cada vez mais difícil.
“A revolução feminina provocou enormes mudanças no comportamento das mulheres e no modo como elas se relacionavam com os homens. Elas conquistaram direitos, espaços e se tornaram independentes – financeira, social e culturalmente -, num curto espaço de tempo...no Brasil, elas não tinham sequer direito ao voto até os anos 1930. Mas a luta que era quase por direitos humanos – pelo direito de escolher se queria ou não se casar, se queria ou não ter filhos, se queria ou não estudar, se queria ou não trabalhar, se queria ou não ter prazer – acabou extrapolando para outras fronteiras.” (trecho do livro A mulher e seus segredos, de Luiz Cuschinir). O que acontece é que a mulher está perdendo a mão, está extrapolando (como diz o texto), exigindo um modelo de homem que simplesmente não existe. E, em busca dessa perfeição, acaba ficando cada vez mais insatisfeita e infeliz. Pulando de relacionamento em relacionamento, ela se sente cada vez mais frustrada e sozinha.
Às vezes, em meio a uma conversa com algumas mulheres solteiras ou separadas, não é raro ouvi-las dizer que esperam por um homem que seja inteligente, bonito, elegante, bem sucedido, bem resolvido, sensual e divertido. Há uma amiga que diz: “Homem tem de ser chique, ter charme, ter cheque e dar choque.” Seria um sonho encontrar um homem assim! Porém, quando eles têm uma coisa, falta outra. Muitas vezes, o cara é até bonito e inteligente, mas, não é tão bem sucedido e lhe falta uma boa dose de humor. Outras vezes, há homens que são feios, nada sensuais, mas são inteligentíssimos e super bem-humorados.
Como dissemos no início, se não há homem perfeito, tampouco existe a mulher perfeita.
Começo falando por mim. Reconheço que não tenho a beleza das estrelas de televisão, que não tenho um corpo escultural, que não sou exuberante, que tenho baixa estatura. Mas sei que sou inteligente, simpática e agradável no trato com as pessoas, embora isso não seja unanimidade. Sou vaidosa, mas não sou exagerada no vestuário, nem na maquiagem, nem nos acessórios. Gosto de me produzir, mas definitivamente não sou perua. Não sei fazer trabalhos manuais, como tricô, crochê, costura, bordado, porque nunca tive paciência para aprender. Também sou uma cozinheira não muito dada a fazer variedades. Faço uma comida gostosa sim, mas não sei e não gosto de fazer bolos, tortas, doces. Não gosto de lugares muito sossegados e não gosto de pescar (meu marido adoraria se eu gostasse), mas gosto de bailes, de carnaval e de festas (meu marido adoraria se eu não gostasse). Gosto de casa limpa e organizada, mas não sou neurótica, não tenho mania de limpeza a ponto de fazer as pessoas tirarem os sapatos antes de entrarem em casa ou de não fazer uma fritura para não engordurar a cozinha. Sinto ciúmes do meu marido, claro, mas não o torturo com isso. Não perco tempo rastreando celular, verificando bolsos, cheirando as roupas dele, procurando marcas de batom. Se ele resolvesse ter um caso, acho que eu saberia sem procurar saber e, se soubesse, procuraria resolver sem baixarias, escândalos, sem chantagens emocionais ou qualquer outro tipo de atitude que me causasse autopiedade. Eu sairia da relação e pronto. Simples assim. Não sou estressada. Não sou de discussões, de brigas. Acho que um bom diálogo é sempre mais eficaz. Também não sou de frequentar muito a casa das pessoas. Minha mãe sempre dizia que devemos nos dar bem com nossos parentes e vizinhos, mas, exceto em momentos de precisão, é melhor que cada um fique em seu próprio canto. É a melhor maneira de evitarmos fofocas, intrigas, disse me disse. Mamãe estava certíssima.
Como se pôde observar não sou a mulher perfeita. Não nos padrões que muitos acreditam que sejam os de mulher ideal: bonita, exuberante, super vaidosa, inteligente, prendada, avessa à diversão, exagerada com a limpeza, obsessiva e possessiva, sempre disposta a uma briga, a um enfrentamento. Não sou. E estou satisfeita comigo por ser assim. Se tenho minhas imperfeições, como posso exigir que “meu homem” seja um deus?
Para que haja um bom relacionamento é preciso que a gente saiba valorizar as qualidades do outro e tente conviver com seus defeitos. É preciso exercitar constantemente a tolerância, a paciência, a compreensão. A gente não deve esperar do outro mais do que ele possa dar, e não é justo culpá-lo por nossas frustrações, fracassos ou incapacidades. Quando fazemos nossas escolhas, inclusive por ele, somente nós somos responsáveis por elas.
Portanto, mulher exigente, pare de procurar o homem perfeito. Tente aceitar a si mesma primeiro e a reconhecer suas próprias imperfeições. Abra a guarda e deixe que venha, não um príncipe, mas um homem que, mesmo imperfeito, possa fazê-la feliz. Por quanto tempo? Não importa. O importante é, pelo menos, tentar encontrar a felicidade.