EM SE TRATANDO DE IRMÃOS...
Benjamin Franklin, notável jornalista, cientista, inventor e muitas coisas mais, cunhou essa frase: “um irmão pode não ser um amigo, mas um amigo será sempre um irmão”.
Vamos embaralhar o substantivo irmão com o adjetivo amigo e a frase fica assim: um amigo pode não ser um irmão, mas um irmão será sempre um amigo.
Entre todos os laços familiares existentes, o fraternal, na minha observação, tem componentes de cumplicidade tão naturais que acaba por aproximar as almas.
Irmãos nascem sob o mesmo teto, são amamentados no mesmo peito, amam os mesmos pais, recebem a mesma educação, a mesma influencia, inventam brincadeiras juntos, vão à escola juntos, sofrem perdas juntos.
A intensidade dos sentimentos é indesatável e quando envelhecem, as lembranças do passado terá a mesma proporção. O que fica no tempo engavetado é remexido com alegria ou tristeza e compartilhado numa tarde quieta entre risos ou lágrimas.
Contemporâneos, os irmãos envelhecerão juntos e serão para si a melhor companhia para folhear o antigo álbum de fotografias, e um sempre será coadjuvante da história do outro.
Deixando de lado as legitimações genuínas do que vem a ser um irmão completo biologicamente, concordo quando Mrs.Franklin diz que um amigo será sempre um irmão.
São irmãos: os uterinos, filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes; os irmãos membros de uma congregação religiosa; irmãos de armas, os companheiros de guerra; os irmãos de leite, amamentados pela mesma mulher; irmãos consangüíneos, mesmo pai, mas mães diferentes; irmãos gêmeos, nascidos do mesmo parto; irmão adotivo e todo aquele que tem um laço forte de amizade.
Na literatura e nas artes o significado de irmão sempre esteve e sempre estará presente para definir união e amor.
Bob Marley deixou essa pérola: “Se um dia, a nossa luz da amizade se apagar, foda-se irmão, a gente acende uma vela.”