"Mãos entrelaçadas" por Binho Rodrigues
E ali estava ela. De mãos entrelaçadas. Um rosto de pele alva como a neve, e olhos negros, profundamente cobertos por um ingênuo olhar de incerteza. Olhava-me fixamente, pois sabia que sua beleza era a única capaz de me paralisar de tal forma que até o sopro do meu respirar acuasse. Eu não tinha nada a oferecer, nem mesmo meu medo. Apenas meu olhar. E a olhei. E como a mais bela paisagem que meu desejo já esculpiu, com seus lábios delicadamente afáveis ela lançou-me um sorriso. Neste instante notei, o mais belo poema em movimento.