A Crônica de Ilmar

Como sempre, quando tenho tempo, visito os colegas do recanto. Hoje visitei Ilmar e li a crônica ”O quanto nós a amamos.” Quando comecei a ler fique feliz, parecia estar lendo a minha família. Quando eu esta na parte da irmãzinha a energia faltou. Que frustração. Fiquei de um lado para o outro. Comi granola, tomei suco.. Ah como queria continuar a leitura. Fui na casa da vizinha e constatei que a energia tinha faltado mesmo. Pensei ser traquinagem das crianças de outras ruas que passam fazendo graças inofensivas. Voltei para casa de olho na energia que não voltava. 15 minutos depois que pareceram 15 horas a energia voltou. Graças a Deus! Vou terminar de ler crônica. A internet cai. Parece coisa feita. Não é possível. Uma tentativa, duas tentativas, três tentativas, voltou...Então, finalmente corro para a escrivaninha de Ilmar. Antes mesmo de abrir a página Maria Adélia acorda, como já estava doente vou cuidar da filhota. O computador deixo ligado na esperança dela se aclamar. O esposo chega do trabalho braçal, cansado, suado, faminto. Vou cuidar de tudo. Já estou quase esquecendo da crônica quando minha mãe chega. Dona Elzita como é conhecida por aqui. Senhora distinta de 82 anos. Automaticamente lembro do texto, principalmente do título. Ouço as preocupações de minha mãe tão solícita com a saúde de Maria Adélia.

__São os dentinhos dela que estão nascendo, filha. Declara.

__Será, mãe? Pergunto. A dúvida passa a ser uma certeza, mainha teve dezesseis filhos, sabe o que está dizendo. 16 filhos! Contemplo seu rosto enrugado, doce, cheio de amor por todos nós e lembro como o texto de Ilmar me comoveu ao descrever o amor de seus irmãos para com sua mãe. No devaneio me perco da conversa, mas acho que ela nem percebeu.

Mãe sai feliz por Maria Adélia ter parado de chorar. Em seguida entra minha irmã, Luzinete ( a tia Dona de Maria Adélia). Com a mesma preocupação. Tenho na mesma rua, três irmãos, minha mãe, minha tia, uma prima, três sobrinhos, todos pertinho de mim preocupados comigo.

Desisto de ler a crônica e desligo o computador. Vou preparar o jantar, cuidar de Maria Adélia e o tempo passa. E só agora às 22:16h. tenho tempo de terminar de ler este texto. Chorei muito ao concluir a leitura. Parabéns Ilmar e obrigada pelo texto envolvente e verdadeiro.

Luz Ribeiro, 22 de setembro de 2012

Luz Ribeiro
Enviado por Luz Ribeiro em 22/09/2012
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