FOME. ASSISTENCIALISMO.

DEPENDÊNCIA ECONÔMICA E VOTO.

O melhor sistema é evidentemente o distrital, para escolha representativa. Não interessa aos caciques do Brasil. Não estamos na Europa...

Não estar a economia distante do sufrágio universal é absolutamente claro. Pode-se dizer que no curso das lutas sociais e na formação de seguimentos e estratos plantados no meio social a economia foi fronteira basilar da escolha representativa. É assim em todo o mundo.

O interesse sempre foi a primeira força propulsora, contudo, de várias linhas quando posicionados interesses econômicos menores, das classes menos favorecidas. Melhorias em bairros, em serviços, uma bolsa de estudo, mesmo uma dentadura...etc. Atrás e motivado pelo capital sempre estiveram os grandes interesses e sempre estarão.

No momento político atual, o capital, moeda, está sendo enredo de uma grande bolsa de todas as capacidades, como se disse da menor até a maior.

No mundo manda o capital, estando a elite, que também pode ter capital, mais desinteressada desses meandros. Elite é e sempre será intelectual; dinheiro não compra cultura, vocação ou talento pessoais, compra arte, bens, outros valores.

"O que há de mais valorizado e de melhor qualidade em um grupo social" se define em um bom dicionário, por exemplo, o Houaiss, como elite, não necessitando compulsar um Moraes, Caldas Aulete, Laudelino Freire ou outros. A verdadeira elite tem riqueza interior e pela riqueza interior não necessita de orgia de valores, ensina a filosofia.

A oposição do capital e do trabalho, sempre discutida pela elite, dependendo um do outro, marcou o tempo na evolução doutrinária política. Em nome desses estamentos, sucederam-se guerras ideológicas suprimindo liberdades públicas ou dignidades de sobrevivência de ambos os lados. Parece, ao meu sentir, que na direção certa, em futuro não previsível, talvez remoto, como mostra o antropólogo Jacquard, mas possível, haverá o encontro das diferenças.

Ao que surge, salta aos olhos, queiram ou não estes ou aqueles observadores, haja ou não legitimidade, configurem ou não cooptação, ensejem ou não coonestação por captação de vontade envolvendo práticas ou princípios, o capital vem encontrando o trabalho na hora do voto, de forma minimizada mas ocorrente, na manifestação da vontade.

Não só o trabalho existente e mal remunerado, mas o trabalho inexistente saciado pelo assistencialismo de todas as espécies, também, adjetive-se, condenáveis ou não, sem entrarmos no mérito de culpas e suas gradações.

Não analiso mérito, ótimo que ninguém de nada precisasse e que o poder não fincasse nos alicerces da assistência a continuidade do poder, como sempre fazem, por vezes com abuso de poder como reportado em processos em vários tribunais.

Resta o capital público, tributos de todas as espécies, varrer a deseducação, suprimir o confisco oneroso de gravames exorbitantes dos assalariados, suprir a saúde e os transportes básicos, de massa e de vias, para tanto sendo possível unicamente gerir o orçamento sem permitir maiores desvios dos guetos criminosos, todos, e fazer as verbas saírem da ficção constitucional, do papel, para a realidade.

É POSSÍVEL, BASTA TRABALHAR E ESCOLHER AS PESSOAS CERTAS PARA O IMPLEMENTO DO QUE É DIREITO DO POVO, LOGO QUE TRABALHO E CAPITAL GERAM AS RECEITAS PÚBLICAS, E PUNIR OS CRIMINOSOS DO COLARINHO BRANCO, ISTO O MAIS IMPORTANTE, PUNIR PARA PROJETAR EXEMPLO.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 22/09/2012
Reeditado em 22/09/2012
Código do texto: T3895233
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2012. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.