ENXERGAR... E ENXERGAR...

As retinas não escolhem as imagens. Não há trave que limita a visão na linha do objeto e os olhos. É enxergar ou virar o rosto. Mas ainda assim uma nova imagem se refletiria em suas retinas. Talvez se fechasse os olhos... Aí então entraria em cena a visão da imaginação. Já na linha do objeto e a alma a visão toma formas diversas. As imagens transferem-se das retinas para a alma. Já não é a retina que comanda. Ou a imaginação. A alma não enxerga apenas o que captam as retinas. Ela penetra a essência, o sentimento. E os reflexos são diferentes para pessoas diversas. Para uns, um belo pôr-do-sol tem nuances diferentes. Pode ser belo, inspirador ou angustiante. Para outros, algo sem importância, apenas um ciclo necessário do dia.

Para os que as retinas não captam imagens, entra em ação a imaginação e a visão mais perfeita da alma. Sem a cor real da vida, entranham-se na visão da alma como musgos para sentí-la melhor e mais profundamente A visão da alma mostra a beleza de tudo na sua forma, eu diria espiritual. Tudo pode ter até mais cor e mais beleza, porque se teve o sentimento. Porque se enxergou a essência de tudo quanto existe.

É! As retinas não escolhem imagens. Mas a alma pode enxergar infinitamente todas as imagens e sobre diversos prismas. As paisagens, o tempo, o espaço, os segredos, as lembranças. Podem pintar o quadro que o sentimento exigir e eles sopram além de todas as imagens reais, além das retinas...
Sonia de Fátima Machado Silva
Enviado por Sonia de Fátima Machado Silva em 22/02/2007
Reeditado em 10/12/2008
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