Eleição Umbilical

ELEIÇÃO UMBILICAL

BETO MACHADO

Estamos na reta final da campanha eleitoral de 2012. Em meio ao turbilhão de decibéis despejados nos ouvidos do povo brasileiro, sem a menor cerimônia e sem qualquer tipo de fiscalização, tiramos algumas lições e chegamos a algumas conclusões.

No caso do Município do Rio de Janeiro temos uma enorme variedade de tipos de candidatos.

Encontramos desde os velhos carcamanhos, detentores da técnica de manipular os sonhos, os desejos, as vontades e, principalmente, a inteligência da população necessitada até os novatos de primeira viajem, que sequer serão capazes de informar corretamente o endereço da Câmara Municipal. O eleitor deve ficar atento para interpretar as mensagens subliminares e as ações sinuosas, cujos entendimentos contextuais são perceptíveis apenas para uma minúscula parcela do eleitorado. Porém, esse diminuto grupo, ao perceber a real intenção do emissor da mensagem não pode se permitir pecar por omissão. Deve passar adiante as suas conclusões. E essas terão peso não de verdade absoluta, mas de reflexão.

Como eu já havia escrito em outro texto, repito agora que a eleição municipal é um pleito umbilical, onde cada sub bairro, cada bairro, cada distrito, cada comunidade faz suas solicitações de acordo com suas carências e/ou suas prioridades específicas.

Logo, todos os vereadores, depois da posse, já podem tomar conhecimento da situação em que se encontram todos os entraves motivadores dos impulsos reivindicatórios dos eleitores. Do pedido mais justo ao mais estapafúrdio; do mais coletivo ao mais individual; do mais óbvio ao mais surpreendente; do mais exeqüível ao mais utópico. “Tá tudo lá”.

Aí, somando-se ao rol dos candidatos já mencionados acima, não esqueçamos dos oportunistas, que chegam para fechar as brechas remotas que só estão abertas ainda por conta do desinteresse dos que passaram pela Câmara, com mandato, e nada fizeram para que se revertesse essa situação.

Tanto quanto sou escravo da escrita e da leitura sou amante da cultura popular. E um dos provérbios mais interessantes que conheci na minha juventude é: ---- “Quem não fez quando pôde, não fará quando puder”.

Portanto, peço aos eleitores das comunidades, dos sub bairros, dos bairros, dos distritos, enfim, de todas as partes das cidades, que sustentem a tese tão didática quanto eficaz: ---“ Em eleições municipais só se deve votar em quem fez e não em quem diz que fará” .

Só não se pode confundir UMBILICAL com CLIENTELISTA. Sigamos a nossa consciência.

Roberto Candido Machado
Enviado por Roberto Candido Machado em 22/09/2012
Código do texto: T3895155
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