ESCREVER. FALAR.

Precisamos falar. Todos querem expressar o que levam nesse caldeirão inexplicável que se chama mente humana. O que acham do que ocorre no universo que vivem, e o que vivem em emoções.

Essa expressão quer ganhar notoriedade ou ao menos ampliar-se em seu círculo de convívio. É importante para si e para a humanidade. Mas a importância de si mesmo está ao largo.

Confúcio ensinava que "“O que o homem superior procura está em si mesmo; o que o homem inferior procura está nos outros”. Esse procurar nos outros é motivado pela negatividade da inveja que sufoca o invejoso, pune-o fortemente na visão de sua inferioridade.

O invejoso presume o que não é se orgulhando do que não tem.

Nossa história com pensamento e expressão é recente.

Só existimos como espécie a 120 mil anos, nossa linguagem tem 60.000 anos e começamos a plantar datam 12 mil anos.

Faz pouco tempo essa comunicação, falar, aconteceu quase recentemente se avaliarmos o cosmos. É preciso ter consciência desse fato marcante. Estamos engatinhando como espécie.

A descoberta da constelação de Libra, e que está a 300 mil anos de nós com nossos melhores foguetes, ou seja, está além de nossa história, de nossa evolução.

Por isso essa intercomunicação aumenta em progressão geométrica enquanto a sociedade assiste a sua grande criação, o Estado, não acompanhar em organicidade a evolução nem aritmeticamente. As regras estão sempre em mora com os reclamos sociais.

Está aí a globalização e seus impasses. A crise europeia nada mais é que o descontrole da moeda por falta de soberania fiscal. Se não existe soberania fiscal única é impossível ter moeda única. Controle único sobre a moeda. Mas cada um faz o que quer com seu dinheiro em sua nação, sem controle único, fiscal, enquanto uns trabalham outros gastam...

A grafia, sustentado por Marchal Macluhan em “Galáxia de Gutemberg”, onde dizia que a prensa, o livro enfim, não sucumbiria à era da eletricidade, no caso a imagem, consolidou-se, mas o sonho da expressão pela antena, onde todos se debruçam, não era conhecido com a força atual.

A grafia digitalizada é um fenômeno do qual todos querem participar, e não há mais língua, cada um faz a sua. Sem acentos, pontuação ou muito menos gramática. Vale a comunicação, falar escrevendo. Formam-se novas línguas. Todo mundo quer falar, escrevendo.

E quem irá barrar esse legítimo direito? Ninguém, quem quiser vá se aculturar nos lugares próprios, livros selecionados, não qualquer livro...

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 22/09/2012
Reeditado em 22/09/2012
Código do texto: T3894821
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