Para Sempre

Algumas datas, alguns acontecimentos, por vezes, alguns minutos, simplesmente, mudam as nossas vidas, de forma inequívoca. Normalmente, não têm volta. Quebram uma sequência. Rompem com um padrão de forma abrupta e definitiva. Tenho a impressão que tem mesmo que ser assim, caso contrário grudamos no conhecido, como se fosse nosso oxigênio.

Quase sempre a renovação de ar, se dá, exatamente, pela passagem consciente, de preferência, por estes abençoados momentos.

Costumo guardar datas. Todas. Algumas até, de meus amigos. Acho importante, ter uma referência no tempo. Até para ter uma noção da relevância dos fatos. Ver até onde eles conseguem repercutir. Até quando podemos reconhecer suas consequências, positivas ou não, em nossos dias.

Existem os que impactam, cumprem seu papel, tiram tudo do lugar e se perdem na memória. Outros têm uma loooooonga vida... Há ainda, aqueles que nos acompanharão até o fim.

Um destes, para mim, foi o dia 21 de setembro de 1991. Assunto da poesia que publiquei no blog “Vida Alta”, hoje cedo. Aquilo foi uma morte em vida. Troquei de oitava, encarnado. Mas, tudo como eu acho que tem que ser: sem sofrimento, sem violência, sem dor... Apenas, um prazer inédito, seguido por uma força indescritível... Sem a qual não suportaria a ruína de tudo que eu acreditava até então.

Poderia lhes dizer, que a ruptura durou uns dois anos. Mas, estaria enganando. Tudo se deu, naquele dia, naquele final de tarde, sob as mãos carinhosas e atenciosas de Denise, que me proporcionou a dita expansão de consciência. O que vi, o que senti, o que entendi... A sensação incomparável de identificação absoluta, avassaladora. Foi como se eu me lembrasse, de algo muito querido, muito precioso, sem o qual, não poderia mais prosseguir.

Uma interpretação de tudo, de forma poética, apaixonadamente lírica. A cor dourada!

Continua em poesia, imagem e música:
http://claudiopoetaitacare.blogspot.com.br/2012/09/para-sempre-cor.html