Há Morte no Morro!
Dia calmo, monótono, sem expiração. A policia se retirou secretamente As gangues dormem silenciosas. Uma mãe está á procura do filho que não dormiu em casa.
Um irmão sai pelas ruas desertas em seus habituais costumes. O cheiro da erva está em toda parte. Ninguém se aproxima dele, o perigo está passeando, todos temem o futuro, porque as lembranças estão nítidas, florescendo á cada dia em cada alma sofrida que luta em busca do pão, suado, sangrento, com cheiro de morte.
E a mãe suplica em sua crença, Ó Deus dos aflitos, dos miseráveis! Dai-nos compreensão nesta hora, onde a procura é vaga, e os corações, distantes do bem.
Um juiz já decretou a sentença, ao enviar ordem de prisão.
Neste momento, um inocente está preso, trancafiado por sido encontrado com 10 kg de maconha. Também é acusado de um crime, cujo corpo ainda não foi reconhecido. As ruas estavam desertas, e alguém passou as escondidas. Quem será? O jovem que foi encontrado com dez kg de erva, cujo armário de sua casa está vazio?
Ou um assassino passou na noite deserta para esconder seu delito?
O corpo foi encontrado e autópsia confirmada: A bala é de uma metralhadora pertencente a policia. E a policia está com seu B.O. preparado, com data anterior ao crime, confirmando o roubo da arma.
O juiz deu a sentença: Trinta anos de prisão!
Uma nova gangue surge no morro! E a policia recebe mais um troféu, enquanto atrás de uma cela fria, um inocente se mata, á seu prazer absoluto.
Mais um luto!
Eis aqui, apenas um desabafo! O segmento é infame! E a espada de dois gumes!
Se correr o bicho pega! Se ficar o bicho come! A nossa policia mata, estimula o aparecimento de gangues, vive o poder do tráfico, planeja um culpado e denuncia seus próprios atos, e além, chora lágrimas da hipocrisia. Sobre tudo, ainda ganha uma farda nova e um distintivo, sem contar com o aumento do salário adquirido atravéz da promoção. Já é hora de se preparar para velar mais corpos, as promoções na policia, estão em alta. "Traje social, não cai da moda."
Branca Tirollo