SABER QUEM SOMOS.
Mergulhar em você mesmo, sentir que você não é mente nem matéria, nem fumaça nem corpo, mas centro gravitacional de unidade. Encontrou assim suas asas e sua origem, sua raiz e a plenitude da liberdade, encontrou seu centro. Pode voar mesmo estando em terra firme.
Vejo e lamento o divórcio do “logos” com a realidade pessoal.
A inteligência, na proporção de sua existência, aumentada ou diminuída, mas presente, seja qual for o grau, se dirige às razões minimizadas diante da própria vontade de alargar esse “logos”, o conhecimento.
A apreensão sofre essa negligência com o próprio centro de seu ser.
Quem não percebe o mínimo, como decorre do que se vê e se lê majoritariamente em comunicabilidade de convívio, evidentemente nada sabe de si mesmo, pensa que sabe, mas seu olho não olha para dentro, nem busca formação, compreensão e entendimento, educação enfim, pois olha somente para fora, para uma plateia que pretende, e se a tem será de iguais. Só encontrará iguais...pior, em limitação.
Sem humildade que representa necessariedade para se conhecer, nada mais surgirá que não primariedades, aceitáveis, porém limitando o conhecimento, que fica a dar saltos no mesmo lugar e andar em roda sem a nada chegar, pois é pouca a verdadeira procura, de si mesmo, e assim não desfrutará de sua maior riqueza, seu próprio convívio, seu centro.
Não se busca a realidade, mas a aparência, esse o grande mal. E rejeita-se a formação, mínima seja. Bastam apequenadas "conquistas", e se são escritas, se forjam com espancamento violento do veículo chamado língua.
Na comunicação em geral, desde entre partes ou plural, avulta com força a necessidade do destaque na pluralidade. Singularizar-se...E ninguém conseguirá contribuir para afastar esse desejo pequeno.
Sem exercício do próprio conhecimento, pessoal, conhecimento algum será apossado, e muralhas estarão sempre a barrar esse caminho.