SABER QUEM SOMOS.

Mergulhar em você mesmo, sentir que você não é mente nem matéria, nem fumaça nem corpo, mas centro gravitacional de unidade. Encontrou assim suas asas e sua origem, sua raiz e a plenitude da liberdade, encontrou seu centro. Pode voar mesmo estando em terra firme.

Vejo e lamento o divórcio do “logos” com a realidade pessoal.

A inteligência, na proporção de sua existência, aumentada ou diminuída, mas presente, seja qual for o grau, se dirige às razões minimizadas diante da própria vontade de alargar esse “logos”, o conhecimento.

A apreensão sofre essa negligência com o próprio centro de seu ser.

Quem não percebe o mínimo, como decorre do que se vê e se lê majoritariamente em comunicabilidade de convívio, evidentemente nada sabe de si mesmo, pensa que sabe, mas seu olho não olha para dentro, nem busca formação, compreensão e entendimento, educação enfim, pois olha somente para fora, para uma plateia que pretende, e se a tem será de iguais. Só encontrará iguais...pior, em limitação.

Sem humildade que representa necessariedade para se conhecer, nada mais surgirá que não primariedades, aceitáveis, porém limitando o conhecimento, que fica a dar saltos no mesmo lugar e andar em roda sem a nada chegar, pois é pouca a verdadeira procura, de si mesmo, e assim não desfrutará de sua maior riqueza, seu próprio convívio, seu centro.

Não se busca a realidade, mas a aparência, esse o grande mal. E rejeita-se a formação, mínima seja. Bastam apequenadas "conquistas", e se são escritas, se forjam com espancamento violento do veículo chamado língua.

Na comunicação em geral, desde entre partes ou plural, avulta com força a necessidade do destaque na pluralidade. Singularizar-se...E ninguém conseguirá contribuir para afastar esse desejo pequeno.

Sem exercício do próprio conhecimento, pessoal, conhecimento algum será apossado, e muralhas estarão sempre a barrar esse caminho.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 21/09/2012
Reeditado em 21/09/2012
Código do texto: T3893091
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