Deveríamos ser cidadãos!

Deveríamos votar pensando no coletivo, buscando melhoras para um todo e não por desejos individuais e egoístas. A dentadura que se ganha, hoje, não nos fará sorrir amanhã, caso a escolha seja deturpada, tampouco, lajotas recebidas, não erguerão colégios e escolas no futuro. Vender nossa escolha, é presentear nosso futuro!

A politicagem estabelecida através dos tempos, propicia essa troca permissiva e estimula um escambo doentio e com vieses de interesse. Cada qual tem sua parte nesse achaque, nessa corrupção escancarada e, assim, perpetuamos uma política com interesses que estão aquém da democracia. Cada um escolhe pensando no mimo que receberá, contudo, esquece que o latifúndio e que os alqueires estarão nas mãos de quem oferece o abraço e o afago anteriormente. Antes, a esmola, depois, a cobrança! Recebemos com a omissão e o desdém de quem deveria servir e não ser servido pelas benesses do poder, facilitando, assim, peculato e falcatruas.

Deveríamos escolher olhando o futuro e estudando o passado, só assim evitaríamos erros e repetições esdrúxulas que atrasam e colocam amarras no progresso. Errar é humano, mas votar errado é imperdoável! Aí me perguntam: o que é o certo? Certo é não se corromper com migalhas oferecidas em campanhas oneradas nem se deixar levar pela enxurrada de promessas que logo serão esquecidas depois do pleito. Certo é entender que a democracia é a liberdade de escolha, mas saber que algumas vêm viciadas e com propósitos distorcidos. Certo é se preocupar e exigir clareza, responsabilidade, hombridade... É também ser honesto com sua decisão.

Deveríamos ser cidadão, ser povo, ser gente e exercer a cidadania como prevê a democracia, como quer o desenvolvimento, como obriga o futuro, destarte, expurgaríamos todo aquele que quer tripudiar e manipular o futuro do povo. Deveríamos pensar e repensar na hora de digitar, porque na urna ficam as nossas digitais, no entanto, em nossa impressão errada ficam um atraso e a continuidade da politicagem. Deveríamos, antes das lajotas, dentaduras, dinheirinho recebido, tapinhas nas costas, sorrisos comprados; deveríamos, antes de tudo ,ser CIDADÃOS!

Mário Paternostro