REFLETINDO...

 
 
 
 
Hoje eu recebi dois textos, que me levaram a refletir (um pouco mais) a respeito da vida. Um deles fala sobre o perdão. Um texto belíssimo, em forma de oração, que nos ensina a perdoar os nossos pais, nossos antepassados, os verdadeiros responsáveis (abaixo de Deus) pelo milagre da vida. O outro, um texto de Roberto Shinyashiki - médico psiquiatra, pensador, escritor de sucesso – que nos dá uma verdadeira lição de como encarar os tropeços de nossa existência, com coragem e bom senso.
 
Não é nada fácil perdoar os que nos ofendem, que nos humilham, colocando-nos em um grau muito abaixo daquele em que gostaríamos (e imaginamos) estar. Não é fácil andar de cabeça erguida quando fomos feridos no interior de nossa dignidade, nos atirando, muitas vezes, em profundo estado de depressão. Somos humanos, afeitos a altos e baixos de nossa personalidade, às mudanças e alterações significativas em nossas emoções em que dependemos de mãos fortes que nos puxem para cima.
 
A vida é isso. Alegrias e tristezas, fracassos e sucessos, vontades e abatimentos, erros e acertos. Tornar-me-ei um vencedor se andar por caminhos tortuosos, sem esmorecimento? Serei uma pessoa melhor se conseguir perdoar todos os que, de alguma forma, contribuíram para o negrume de meus dias? Conseguirei perdoar a mim mesma por não haver superado momentos de letargia em que o meu ego mergulhou?
 
A vida é bela, seja como for. Viver é uma arte, uma emoção à parte, um jardim de belas e eternas flores. Cabe a nós regá-lo, todos os dias, com água límpida de nosso amor, com calma e perseverança, sem tropeços. A saudade é coisa boa de sentir, desde que não nos entreguemos a ela, como nosso último porto. Só não tem saudade quem nunca viveu momentos sublimes. Das passagens tristes, ninguém gosta de se lembrar.
 
A solidão é companheira, a partir do ponto em que precisamos nos voltar para nosso interior, que nos permite a reflexão profunda sobre nossas ações. Ir ao fundo da solidão e lá nos estagnarmos, não é promissor para a evolução de nosso estado emocional e psíquico. Enfim, tudo isso me levou a uma única conclusão no dia de hoje: somos responsáveis por nossos fracassos e vitórias até certo ponto, desde que saibamos aparar as arestas dos desgostos, buscando o equilíbrio entre o bem e o mal dentro de nós mesmos. Nossa felicidade não depende dos outros, do que nos fizeram, do que pensam a nosso respeito. Ela é pessoal e intransferível e, sendo assim, depende apenas de nós mesmos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
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