GAÚCHOS, CANTEMOS O HINO RIO-GRANDENSE NESTE 20 DE SETEMBRO!

A plenos pulmões, então com meus 10 anos de idade, eu cantava com a Escola inteira, frente à bandeira do Rio Grande: "Mostremos valor, constância/ Nesta ímpia e injusta guerra/ Sirvam nossas façanhas/ De modelo a toda a Terra...". Era com orgulho que desfiávamos a letra da bela melodia do Hino Rio-Grandense. Um orgulho de criança que até podia não entender bem os meandros da História, mas que sabia da luta desigual entre os bravos farrapos contra os desmandos do governo Imperial na época. Gaúchos que, com poucos recursos, mais na cara e na coragem, pegaram nas armas para defender os absurdos dos impostos cobrados e fundaram a República Rio-Grandense, de curta duração é óbvio, uma vez que era uma luta contra titãs. Uma guerra que durou dez anos (1835-1845) e mostrou a valentia e a garra de um povo que não teve receio de ir à luta contra as injustiças, na busca por seus direitos. Orgulho que ainda corre nas veias das gerações que sucederam os farroupilhas. Nosso hino é cantado até hoje a plenos pulmões, como o eram os pulmões da minha infância.

A melodia, por incrível que pareça, foi composta pelo maestro Joaquim José Mendanha, músico monarquista mineiro, preso pelos farrapos durante um combate em Rio Pardo. Obrigado a compor, Mendanha fez a música que, segundo alguns autores, era um plágio de uma valsa de Strauss. A letra foi escrita pelo capitão Serafim José de Alencastre, pertencente às tropas farrapas. O Hino só foi oficializado em 1966 como Hino Farroupilha ou Hino Rio-Grandense, pela lei 5213/66.

Neste 20 de Setembro de 2012, meu aplauso e meu carinho a todo o povo gaúcho e meu orgulho de fazer parte deste Estado lindo e acolhedor.

*** Hino do Rio Grande do Sul ***

Como a aurora precursora

Do farol da divindade,

Foi o Vinte de Setembro

O precursor da liberdade.

Mostremos valor, constância,

Nesta ímpia e injusta guerra;

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda a terra.

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda a terra

Mas não basta, para ser livre,

Ser forte, aguerrido e bravo;

Povo que não tem virtude,

Acaba por ser escravo.

Mostremos valor, constância,

Nesta ímpia e injusta guerra;

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda a terra.

Sirvam nossas façanhas

De modelo a toda a terra

Giustina
Enviado por Giustina em 19/09/2012
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