Comeu morando nas dependências do Brasil

Em 22 de janeiro de 1808, na Bahia, aportou realmente uma grande família real e lusitana, europeia, de quem, “Que Cousa!", somos descendentes. Essa tal família passa então a residir na 5ª da Boa Vista-RJ.

Nos corridos 1822 anos seculares 19, e no dia 7 do 9, Dom Pedro 1º do Brasil, e 4º de Portugal, ficou. Depois, os integrantes da família realeza se picaram daqui levando madeira pau brasil, pedras preciosas, principalmente ouro, café e açúcar, da então Colônia que não era naquela temporada, de ninguém. Mas “peraí”, de Portugal por quê? Pois muito antes, esse Terrão já pertencia aos seus habitantes naturais, os índios Tupi.

Em “Sampa”, margeado pelo riacho Ipiranga, “rio vermelho” em Tupi-Guarani, esse Dom 1º, Pedro, teve o dom de berrar imperiosos gritos reais para o Brasil, que herdou delitos súbitos, com atos ditatoriais e com muito mais mortes do que independência de verdade. E assim, ficou um legado cagado e perpetuante com agressões às sesmarias das Capitanias, que não deveriam ser hereditárias se não fosse o Tratado de Tordesilhas assinado em 07 do 06 de 1494, das divisões provinciais da então Corte, quase espanhola.

O Tratado estabelecia a divisão das áreas de influência dos países ibéricos, cabendo a Portugal, as terras "descobertas e por descobrir" situadas antes da linha imaginária que demarcava 370 léguas (1.770 km) a oeste das ilhas de Cabo Verde, e à Espanha, as terras que ficassem além dessa linha e que teve como signatários, João II de Portugal, e Fernando II de Aragão, tendo como Partes: Reino de Portugal e Reino de Castela.

Em 1808, dia 12 do 10, o então Príncipe-Regente Dom João de Bragança, esse ainda futuro Rei Dom João 4º, lá em Portuga, por sugestões, fundou aqui, o Banco do Brasil, e em seguida fugiu para Portugal quando raspou todo o dinheiro que havia em caixa. Depois, quando Dona Maria e Dom Pedro, seus pais, que ficaram após o dia do "Fico", então perguntaram pelo dinheiro, a resposta foi o seguinte: “__Muito mais roubo ainda está para ser descoberto”.

Mas o que ficou mesmo foi um tremendo póstero sujo com defeitos e efeitos recorrentes do tipo "cachoeiras" de corrupção e com desvios que serpejam até hoje.

Sobrou pouco da independência para se comemorar, pois uma numerosa família majestosa, tudo já comeu, morando nas dependências do Brasil.

Oh República, Tu és Pública!

Para piorar o enfado, através dessa coisa chamada ganância por riqueza, o tal Real Dom Rei foi à Inglaterra pedir mais dinheiro, e claro, emprestado, começando assim a dívida externa e eterna do Brasil.

E ainda se deu bem, a Dona Maria 1ª (Maria Francisca Isabel Josefa Antônia Gertrudes Rita Joana de Bragança), Monarca de Portugal, conhecida como “A Louca”, devido à doença mental manifestada com veemência nos seus últimos 24 anos de vida.

Mas essa Dona Maria, foi antes de assumir o trono, Princesa do Brasil, Princesa da Beira e Duquesa de Bragança. Sob loucura ou esperteza, o certo é que aconteceu a continuidade dinástica da Casa de Bragança, assegurada por seu casamento com o seu próprio tio, Pedro de Bragança, o Pedro III, sendo o matrimônio realizado no Palácio de Nossa Senhora da Ajuda, em Lisboa, no dia 06 do 07 de 1760.

Esse Pedro III, foi ainda: o 19.º Duque de Bragança, 16º Duque de Guimarães e 14.º Duque de Barcelos, 12.º Marquês de Vila Viçosa, 20º Conde de Barcelos, 16.º Conde de Guimarães, de Ourém, de Faria, e de Neiva, e também: 22.º conde de Arraiolos (Vila portuguesa situada no Distrito de Évora). Desse jeito, qualquer Dona Maria ficaria mesmo louca?

Os Portugueses nos ferraram com o roubo do dinheiro do B.B. e ainda promoveram as eternas dívidas que se arrastam por séculos e séculos, Amém! E assim, daquele tempo até aos dias de hoje, nós sentimos o peso caro de tudo, até mesmo no preço de um simples pãozinho.

George Lemos
Enviado por George Lemos em 18/09/2012
Reeditado em 15/03/2015
Código do texto: T3888228
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