O SABOR AMARGO DA SOLIDÃO
Eu, estou só...
Estupidamente só!
Inexplicavelmente só!
Se é uma coisa que não entendo, é como uma pessoa pode se sentir só, com tanta gente à sua volta... É assim que me sinto.
Olho em volta, vejo pessoas que vão, pessoas que vêm, e eu continuo só...visivelmente só, inexoravelmente único!
Que loucura! Vou ao meu quarto, tento dormir...nada! O mundo lá fora fervilhando de gente...gente de todas as raças, credos religiões, incontáveis perfis estéticos e morais...E eu aqui,...só! Lembro de algo que pode me animar “O computador! ” navegar na internet, conhecer pessoas nos sites de relacionamentos, quem sabe alguém seja a minha “cara metade... e com sorte, tão solitário, quanto eu neste momento!”
Que nada! Nem as milhares de pessoas neste exato momento, solitárias como eu, conseguem tirar-me dessa solidão... às vezes, acho que vou enlouquecer...sinto-me definhar moralmente e não demora que também fisicamente, visto que no momento, não tenho alimentado bem o corpo, imagine a alma... Se houvesse algo para medir o meu astral, numa escala de zero a dez, acho que alcanço no máximo uns três!
A minha carência afetiva estar minando todas as reservas de tolerância de solidão e angústia da falta de alguém em minha vida se acaso no coração da gente houvesse um sinal de alerta pra solidão, o meu estaria sinalizando aceleradamente!
Procuro agora em minha memória, algo que justifique essa solidão e nada! Estou irremediavelmente só, o que fazer? Se alguém tem essa resposta, por favor diga-me... Enquanto isso, vou seguindo nem eu mesmo sei pra onde, ou como...simplesmente vou!
A esperança...pra ser sincero, já não sei se existe... a única coisa que sei, é que estou ...
Só !!!
Poeta J. Pinheiro
Do seu Livro “Meus versos, minha vida”