E TUDO CONTINUA COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES

SEGUNDA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2011

E TUDO CONTINUA COMO DANTES NO QUARTEL DE ABRANTES

E o Pan-Americano está rolando lá no México.

Por enquanto o pessoal da natação (Cielo & Cia), tem nos dado orgulho em suas participações. Já ganharam algumas medalhas de ouro. No geral, até aqui, já alcançamos 18 medalhas (até o momento da criação desse artigo). E no tênis de mesa também alcançamos o ouro.

Mas, infelizmente, aqui no Brasil a coisa não anda boa para o Ministro dos Esportes,Orlando Silva, que está sendo acusado de corrupção. E por pessoa que era ligada à essa sua área até pouco tempo atrás. Quem lhe acusa é um policial que já trabalhava na gestão do ministro anterior, e o faz com duras afirmações. A dona Dilma não está com sorte no tocante ao seu quadro de ministros. Esse já é o quinto ou sexto que encontra problemas pelo caminho na gestão ministerial. E quase todos eles envolvendo denúncias de corrupção. A exceção foi o Ministro Jobim que caiu por dizer coisas que não devia.

Do que vejo, leio e ouço, nosso país conta com uma ação muito forte de gente corrupta. Principalmente nas áreas executivas e legislativas. Começa em Brasília e termina lá nos rincões do país. Parece que não fica nenhum Município nem Estado, livre dessa praga que causa um problema enorme ao nosso país.

E é gente com a cara mais limpa do mundo. Aparecem nos meios de comunicação e se declaram gente do bem. Se autoafirmam decentes e inocentes. Mesmo quando todas as evidências dizem o contrário.

Enquanto a corrupção e a impunidade se mantiverem nos níveis que estão, o país nunca alcançará o nível que espera e precisa no que tange a atender as necessidades da população brasileira. O dinheiro que é desviado é muito, facilitando a compra daqueles que deveriam impedir tal movimentação. Aí fica fácil para os corruptos escaparem de suas escaramuças.

Com os futuros eventos da Copa do Mundo e das Olimpíadas no país, já vemos muita discussão envolvendo os orçamentos públicos voltados para as obras desses eventos. E do que acompanho na imprensa, a grana que está rolando aí é algo estratosférico. O melhor exemplo é a verba destinada à modernização do Estádio do Maracanã, algo superior a um bilhão de reais.

Mas só uma coisa me chama à atenção: é saber que todas as melhorias que estão planejadas e serão executadas com essas obras, nenhuma delas foi diretamente direcionada ao povo brasileiro, mas sim aos estrangeiros que aqui virão. Nós usufruiremos dessas benfeitorias, por tabela, como dizem popularmente. Já temos o exemplo do Pan-Americano de 2007. Pouca coisa mudou desde lá, sendo que muitas das instalações que foram criadas para atender àqueles jogos, hoje estão abandonadas, deteriorizando-se e sob o rigor das intempéries.

E tudo isso nos dói mais por saber que temos gravíssimas deficiências e necessidades nas áreas públicas de saúde e educação, dentre outras mais. Morre muita gente todo dia no país pelo atendimento deficiente dos hospitais e postos médicos. E as escolas encontram-se com suas instalações deficientes e inadequadas, sendo que a remuneração dos professores (e dos médicos), como sabemos, é aquém do que se espera.

Nisso tudo eu só vejo um culpado: é o povo. Preocupam-se muito pouco com os assuntos que mereceriam muita relevância por parte desse mesmo povo que aí está. Mas, o carnaval já passou, as festas de S.João também, todos desejarão saber quem será o campeão do Campeonato Brasileiro, mas já se está de olho é no Reveillon que já vem aí.

Vamos à la plaia!!!!

*Em Tempo: O título deste artigo é um ditado muito conhecido de todos, mas possui uma particularidade:

"Diz-se do que permanece sempre na mesma, sem alteração.

Respondia com esta frase o povo quando (em Portugal])perguntado sobre como iam as coisas, no tempo da primeira invasão francesa (1806). De fato, Junot instalara, calmamente, o seu quartel-general em Abrantes. Em Lisboa, nada se fazia com intenção de se opor ao avanço do general francês. Ninguém lhe ousava resistir. D. João VI, que era o regente, não fazia nada no sentido de evitar a progressão de Junnot para Lisboa. Daí que, quando alguém perguntava o que se passava, a resposta fosse tal frase."

Aloisio Rocha de Almeida
Enviado por Aloisio Rocha de Almeida em 18/09/2012
Código do texto: T3887473
Classificação de conteúdo: seguro