O QUE VALE NA VIDA?
Uma questão aparentemente singela, quase simplória para responder. As variadas e notórias “felicidades”, bens, desejos realizados, seriam os fundamentos do que “vale na vida”. É a resposta mais conveniente. Seria a mais comum.. O que se deseja. É o que mais se vê. A grande realidade.
São necessidades básicas.
Isto não é o fundamental, o básico do que vale na vida. O que mais vale é caminhar limpo, sem qualquer ressentimento, abrigado no dogma mais importante; COMPREENDER.
Difícil, mas não impossível. Considera-se esse fator para quem considera elevar-se na vida, não para os rudes. Viver algo acima do curricular, do mero conduzir a existência.
É como conduzir um veículo, é muito fácil conduzir um veículo, dirigir como se diz, mas é necessário destreza, rapidez e reflexo imediato para contornar imprevistos. São poucos que têm essa faculdade.
Destaque-se que falamos de sentimentos. Não se cuida do intratável egoísta que andeja pelo mundo, que escoa e destila tudo que não serve, mesmo com aqueles com quem priva. Repita-se, falamos de sensibilidade e de quem quer crescer.
Se há um resquício de sentimento, não pode haver ressentimento. Isso faz valer a pena viver. É como se pode respirar todos os ares e viver. É como o eterno, que se satisfaz por si só na compreensão da verossilhança de que esse tempo não se exaure. É assim o sentimento, nele não há lugar para ressentimento.
Somos pura incompreensão sob esse enfoque, todos, mas vamos vivendo na incompreensão das guerras do pensamento com a compreensão.
Trabalhar a compreensão e sair da asfixia para a paz, faz valer a pena viver. É o que vale a vida, poder sentir a plenitude de estar limpo diante de olhar em toda volta e nada existir que possa nos lembrar; “ficou uma marca forte de ressentimento”.
Só quem sente o prazer dessa limpeza pode avaliar.