CONFORTO ESPIRITUAL...

Há um conforto espiritual quando se desarmam os espíritos.

Não há razão no mundo, plausível, aceitável ou justificável, para a discórdia, o desentendimento.

O amor hoje negado em multifacetadas frentes, valor máximo da humanização e do crescimento como pessoa, por vezes perde-se em questiúnculas menores, vazias de conteúdo, descontruindo pela forma as grandes conquistas da vida, fundadas pelas afinidades.

É preciso mais do que entender e entrar em luta, impõe-se compreender, contradizer para harmonizar. Tudo nasce da mesma fonte, a vontade.

Como a honra que para muitos é o primeiro valor e se defende com todas as armas. Para alguns viver sem honra é mais um capítulo de suas vidas, para os honrados é a própria vida. Por isso compreendem-se impulsos e atitudes mais incisivas, forjadas no calor da personalidade cultivada sob rigorosas balizas.

Que vale viver se sua honra questionada não foi defendida? É um ponto de referência. Quando os valores pessoais são atingidos, a postura é diversa. Mas o porquê se atingiu necessita de análise, contudo, o ilegítimo não se legitima em outra ilegitimidade.

Um acadêmico que diz ser o que não é, é um mentiroso, um desonrado. Mas a desonra é só sua, passeia na mentira.

O direito de todos, de defesa, elementar, fundamental, é de ordem natural, não necessita estar na Constituição, nos Ordenamentos Fundamentais das nações civilizadas.

Não ofender ou diminuir qualquer pessoa, em qualquer sentido, deve vigorar em nosso estatuto pessoal, como os direitos que nele se inscrevem. É um dever da mesma forma como persistem tutelados nosso direitos.

Isto traz conforto pessoal que encarna o espírito levando à paz.

Defeitos não se apontam, contornam-se, identifica-se o lado positivo onde os negativos se apresentam, e amanhadamente são sugeridas correções.

Somos todos seres humanos, com faculdades e limitações.

Devemos ser enérgicos com os poderosos, suaves com os humildes e verdadeiros com os conflitos de interesses dentro de visão imparcial e lisa, buscando sermos justos, até quando injusta é a lei, pois nela subsiste muitas vezes, o legal injusto, em detrimento do justo ilegal.

Só deixar amigos por onde se passe, principalmente os mais humildes, deve ser naturalmente nossa postura, sem afetação e sentido dirigido para tanto. Os poderosos não necessitam desse desvelo, são bajulados sempre.

Nossa caminhada deve buscar a harmonia e a aproximação, nunca rancor ou cisão.

Quando se ingressa na casa da harmonia, amplo abraço do conforto espiritual, se repele a vaidade e se expulsa a pretensão, espíritos antes no limbo do entendimento entram definitivamente no céu da compreensão.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 14/09/2012
Código do texto: T3881633
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