Pobre Monteiro Lobato

A obra deste escritor - Caçadas de Pedrinho - que sempre foi prestigiada nas escolas publicas como referencia para educação de base, ou até mesmo em escolas particulares, tem sido questionada nos ultimos tempos, nesse País imenso e maravilhoso chamado Brasil, que ultimamente resolveu perder tempo e investir em ressentimentos que saem dos subterraneos do tunel do tempo de nosso auto-flagelo milenar.

Não se pode escrever mais nada, não se pode falar mais nada, não se pode mais brincar, enfim daqui a pouco todos nós vamos ter que ficar calados e ter o máximo cuidado na hora de montar um verso, externar um pensamento, porque os vigilantes do País dos bronzeados vão se irritar e vão processar aquele que se diz ou pensa ser um branquelo.

Há quem pense até em acionar a justiça para processar os herdeiros dos antigos senhores de usinas de açucar e plantadores de café, pelos danos morais causados com a escravidão. Todos eles estão falidos e o máximo que conseguem fazer é carregar a maldita bandeira da TFP.

Não se pode mais cantar musicas como aquela que nem sei qual o autor, mas que tem uma letra que diz: "Nega do cabelo duro, qual é o pente que te penteia". Ora, pelo que sei, a tecnologia já respondeu essa pergunta. Rsss. Quanto a outra "olha a cabeleira do Zezé, será que ele é, será que ele é..." nem pensar

Ridiculo perder tempo com tanta bobagem, com esses delegados anti-racistas, anti-preconceitos, anti-sei-lá-mais-o-que, do sem nada que fazer, com tanta gente em fila de hospital morrendo, tanta gente branca, negra e morena ou parda como dizem os registros de nascimento, precisando de emprego e os sem nada que fazer na vida exercitando seus auto-flagelos e projetos de revanchismo com coisas que aconteceram há mil anos.

Palhaçada, perda de tempo. Eu queria saber quanto nos custou essa reunião de sorrisos escancarados com tres branquelos e dois mestiços, discutindo a extensão de factóides no STJD, defendendo gritinhos histéricos de grupinhos de minorias ruidosas.

Porque não vão trabalhar em algo mais serio, como por exemplo apresentar um projeto de atualização do nosso código civil, para que possamos agir por exemplo contra os menores bandidos (Brancos e negros, ou na ordem inversa, como queiram) que estão protegidos por uma legislação imprópria e inadequada aos nossos tempos.

A Rede Globo, fez uma novela com uma obra desse escritor e na epoca foi um sucesso estrondoso, me recordo ainda da Rede Tupi de televisão do saudoso Assis Chateaubriand transmitindo uma novela mexicana que também lidou com esse assunto, chamada Mamãe Dolores, enfim, enfocando problemas do nosso cotidiano.

Tem muito gente reclamando que os Afro-descendentes no Brasil (quase todos somos) são maltratados e se esquecem de que muitos brancos estão por ai, sem escola, com os pais desempregados, fumando crack e a cor deles não é realçada.

Já é chegado o momento de tratar desses assuntos com mais naturalidade e estancar ódios e ressentimentos e cessar imediatamente com os chamados desvios de foco.