A VERDADE E A MENTIRA.
A verdade é o espelho da inteligência. Somente os que a elegem com certeza da escolha evitam a calamidade de viver uma vida de surpresas. Pois o que é a mentira senão o afastamento da verdade, a retirada do seu entendimento claro que briga com o próprio interior. Por quê? Por falta de inteligência, pois sabe que restará diminuido com essa conduta.
A falta de inteligência é gênero, as espécies são as variadas mentiras, as que fazem mal a terceiros ou as que só diminuem o mentiroso, o conhecido falador de bravatas que só quer aparecer, esse é a sobra do diminuto “logos”.
Para esse perfil configura e concorre um baixo juízo de valor, de si mesmo, embora ache o contrário. São os bufões.
A surpresa da verdade chega para o mentiroso quando na mentira apanhado.Mas não lhe incomoda, seu zelo com a responsabilidade em dizer é pequeno, praticamente nenhum, pois nenhuma é sua inteligência. Sua dicção desserve ou é ouvida por poucos sem poder de avaliação, ou estão sob sombras, algo que não os desnude.
"A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência".
Era o ensinamento de Tomás de Aquino. O mentiroso apregoa a mentira sem importar-se com o resultado, nisso a falta de inteligência. E mesmo nela apanhado permanece em tom de cinismo.
Aristóteles ensinava que o bem é posterior a verdade. Aquele é filho desta. A verdade é inerente ao ser com faculdade de discernir melhor, com processo de conhecimento aumentado, intelecto fortalecido, "racionalmente a verdade é anterior".
"A verdade é definida como a conformidade da coisa com a inteligência"; Tomás de Aquino, aumenta assim, a ótica de Santo Agostinho, para quem "A verdade é o meio pelo qual se manifesta aquilo que é".
Mas o mentiroso, punido eticamente pela sociedade, merece somente piedade.