“O baile” Uma cama bem dormida... Faz uma grande diferença.

Quem estiver lendo nesse momento está minha crônica, já participou de um baile da terceira idade? Talvez poucos, não é mesmo? E para mim, está foi a minha primeira vez. E qual foi a minha surpresa ao ver e sentir, que tudo que eu fiz naquela noite, percebia que todas nós ainda éramos as mesmas. Dos nossos sentimentos que guardados há anos, ali ele aflorava, despertava, quando aqueles jovens contratados, com sua elegância, um a um, vinham ao nosso encontro e diziam com um jeitinho manhoso: “Me permite está dança senhorita?...” Sim, mas é claro, pois viemos aqui para dançar. E desta forma, eu ia sendo levada pelas suas mãos. E assim sentido, que o sinal ainda não estava fechado para mim, como aquela jovem do passado, ia deslizando no salão, ao encontro daquele “presente”, presente que o passado, trazia para mim, naquele momento onde ainda com meus 61 anos, conseguia relembrar-me, a cada passo que o ritmo da música tocava, era como se eu ouvisse o meu presente dizer para mim, aproveite Neire, este (presente) que Deus lhe deu, que são todos estes teus amigos da (UNAI), que hoje também fazem parte da sua história. E assim neste baile que foi promovido na cidade de Poços de Calda, que se deu como encerramento do encontro de corais, no dia 18/08/2012, tivemos este o privilégio de poder mostrar o que nós da terceira idade, da UNAI, tem de mais belo “A nossa alegria”, o nosso encanto, quando o assunto, é o bailar, que trás para nós, a sensualidade o toque, nos fazendo descobrir, que nós mulheres quando chegamos na nossa melhor idade, devemos “desafiar, os talvez”, de que nós estamos, ultrapassadas, e que hoje temos que compreender, que somos diferente. Mas o diferente do que? E de que?. E assim, poder valorizar o prazer, é ganhar mais segundos de vida. E eu gosto de quebrar regras, costumo adotar ambiguidade e a imperfeição, e não esperar o que os outros vão pensar de mim. Pois o meu glamour, são os meus batons, os meus sapatos de saltos, e está minha fantasia, que foi aceita por todos, de quando vinham ao meu encontro.

E nesta passagem, nestes momentos, compreendi que aqueles que valorizam o prazer e não constatam os padrões da beleza, aceita a passagem do tempo, com tranquilidade. E com isto, com um contra ponto refrescante, recheado de delicias, apresentei esta minha crônica, com uma visão de que; A vida não começa aos 60 anos, cada mulher conhece e mostra as suas reservas quando é desejável quando convém, porque ela sabe “o que é admirável, e inatingível.” E então para mim saber,” uma cama bem dormida”, faz uma grande diferença, quando o remédio e se contentar, com o que sobrou (risos), é um meio de negociar, as sombras com as diferenças, na linha do tempo. Pois, você se olha no espelho, e então você vê e descobre que não é mais uma adolescente, mas que felizmente não tem mais aquelas espinhas horríveis, gigantes no seu rosto, Mas que hoje, nele estão as linhas que guardam a certeza de que tudo pode estar arruinado em sua aparência, mas a elegância da sensualidade, de ser o símbolo máximo a permanecer, e mesmo que você esteja um pouquinho mais gordinha, não tem problema, você vai conseguir o que planejou. E foi assim, do meu guarda roupa, retirei do cabide, o meu vestido, aquele que determinei. E impressionada consegui sentir, que podia encarar o que eu via em frente do espelho, da forma que eu iria ao baile! E o resultado foi o melhor que eu esperava. Assisti maravilhada e fascinada o que ouvia e disse para mim, como é simples conseguir (ser) sedutora. É só acrescentar algo mais, que a sensualidade flora e os olhares se volumam em um só, só para verem a (onça) (risos), passar com seus saltos, de 13 cm e com sua meia arrastão, desfilei sobre olhares que indagavam, ansiosos sobre a feminidade e sensualidade, que pode ter uma simples mulher sexagenária. Em outras palavras, se não podemos encarar as coisas desta maneira, simplesmente e dizer assim oi, oi prazer, como vai, e acrescente mais meia hora de caminhada, para que vejam que não a nada errado, e que o nosso corpo, embora possa haver algo diferente, mas que da um bom caldo (risos).

E se os olhos são as janelas de nossa alma, os nossos seios, nosso corpo, nossas pernas, nossos braços e rosto, são o porão para nossas ansiedades sobre a nossa feminidade e sensualidade. E sem cerimônia, que gata eu fiquei, digamos, que onça sexy eu fiquei RAWRR (risos).

E tudo isto começou com um gosto individual, e de mais como fazer, e de não seguir regras, e de saber também, o que eu gostaria de experimentar; Sendo; “O GLAMOUR de uma noite em um baile da terceira idade”. E assim com todo devido respeito, nós mulheres, se deixamos mais bonitas. A atração é perfeita, para pessoas sem imaginação.

E assim deixo este traço cordial, e coloco de uma maneira bem radical, como um desafio, a rubrica do padrão de beleza, mas se alguém persistir, que a nossa vida, a nossa beleza acaba com o passar dos anos, não me preocupo nem um pouquinho, porque uma semente quando é boa “gera belos frutos”.

Neire Lu

11/09/2012

Neire Lú
Enviado por Neire Lú em 11/09/2012
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