ANGÚSTIA...

Por que somos tão limitados? Os seres mais nobres da natureza, dotados de inteligência.... para quê?

Ela pouco explica, nada importante explica, nada consegue harmonizar, os homens “inteligentes” usam essa faculdade para se matarem, disputarem superioridades quando todos são iguais, negarem uns aos outros alimentos, subtraírem uns dos outros direitos que eles mesmos construíram.

Onde está o “logos” aristotélico, a melhor definição, a razão desse planejamento da inteligência, esse meio de transporte do pensamento que a nada leva.

Futilidades nadam em superfícies em espasmos de pequena estatura.

Quantas desfilam, incoerentes, contraditórias, perdidas em conturbadas manifestações, sem nenhuma clareza.

Nada se esclarece das grandes questões, nada foi esclarecido sobre nada importante para a caminhada. Estão aí os puros materialistas, mais infantis que o evolucionismo pregado. Seus grandes pregadores escorregam na dúvida. E dividem a gnose.

Pelos menos a angústia se situa na crença do todo do qual somos parte, ponto alcançado por alguns, firmemente, sedimentadamente, não mera dicção, patrimônio absorvido, e consciência do tempo que se esgota em matéria mudando, e ao menos a certeza de que tudo é movimento, e houve um primeiro movimento, sem o que a cadeia do movimento não se processa.

Quem assim não se estabelece e vive, fincando marcos para a vida, está além da angústia, inscientemente, e aquém do movimento, é conhecimento estático, nenhum “logos”, lamenta-se...

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 11/09/2012
Código do texto: T3876472
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