E NÓS IREMOS AO FIM DO MUNDO!

“MORREU O SEU PAI E FOI COMO SE NÃO MORRESSE, POIS QUE DEIXOU DEPOIS DE SI UM SEU SEMELHANTE”

Digo que esta frase foi a base de longos e íntimos solilóquios, dissertações sobre o fim dos tempos, ou melhor, sobre o fim de meus tempos. Sobre o renascimento do espírito. Sobre o batismo na Trindade divina, “post mortem”.

Reflexões... Eu penso e existo. Sou movido por atos, pensamentos, palavras. Alimento meu corpo e o mantenho limpo, como um santuário que abriga minha alma.

Penso que muita gente questiona sobre a vida após a morte, ou se existe vida após a morte. Ou se simplesmente morremos e nos tornamos o pó da terra, como animais que somos.

Não é possível. Fomos dotados de inteligência, enchemos a terra e a dominamos. E reinamos sobre todas as criaturas. Não posso acreditar que viverei uns poucos anos e nada deixarei. Mas, me conforta a idéia de que me perpetuarei através de meu filho. É bom saber que continuarei a desfrutar do paraíso terrestre.

Talvez seja este um dos segredos da Mente Divina. Afinal sou matéria constituída à imagem e semelhança do Criador, portanto, também dotado da infinidade do tempo.

Lembro-me de meus pais, com toda nitidez, é mesmo como se vivessem em mim. Talvez seja esta a explicação da perpetuação., pois que meus pais pensam e agem através de mim, e eu os conduzo. Eles pararam e se foram como carne, como matéria, mas, é bem possível que eu seja um pouco de cada um de meus antepassados, que continuam vivos através de mim.

Talvez seja eu a síntese de cada geração que me antecedeu, e portanto eterno, à semelhança de Deus. E penso e tenho atitudes, vivo através dos tempos, e no meu tempo com os meus próprios pensamentos, Deus fez de tal forma que não sei de minhas outras vidas posto que uma só vida tenho, em etapas que evoluíram .

Choro em meu íntimo a saudade dos que já se foram, não me dou conta que estão em mim, e comigo estarão em meus filhos, depois em meus netos, até os confins dos tempos...

É possível que eu seja meus antepassados pensando e agindo, cumprindo a função dos espíritos eternos através do meu corpo e da minha mente, talvez eu seja os seus espíritos, mais uma vez à semelhança de Deus que é Pai, é Filho e é Espírito.

Iria longe com isto, mas, as idéias começam a embaraçar, como se Deus não me permitisse desvendar sua mente. Talvez seja isto.

Conclusão : Minha alma é eterna e única, e a morte é o ponto de fusão do meu espírito e o de meus ancestrais à alma de meus descendentes. Como Deus, por sua capacidade de se fundir em todas as almas nós nos fundimos em nossos filhos e nos filhos de nossos filhos. Percebo que de antemão venci a morte, pela graça do Espírito Santo de Deus. E em Deus permaneço vivo, continuando a crescer e povoar a terra...

Por isso a necessidade da perpetuação da espécie, por isso a necessidade de compreender a morte como o batismo do Espírito e seu renascimento. Como a ressurreição de Cristo.

Entendo por que , no capítulo 08 do Evangelho de São Mateus , no versículo 22 Jesus disse : “Segue-me e deixe que os mortos enterrem seus mortos”.

Para refletir, também somos o Alfa e o Omega, refugiados sob a égide de Deus Criador...

Paulo de Tarso
Enviado por Paulo de Tarso em 20/02/2007
Reeditado em 21/02/2007
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