NÃO PRECISO DO FACEBOOK
Faz tempo que estou para lhe dizer algo muito importante, seu megalomaníaco! E mesmo tendo consciência de que caminho na contramão do que a maioria pensa sobre você, não posso mais ficar calado. E saiba que seu único trunfo é que, para sobreviverem, muitos indivíduos costumam dançar conforme a música.
Mas escute: não preciso de você para dar bom-dia aos meus amigos. Tenho um sorriso autêntico para cada um deles, e na impossibilidade de tê-los todos por perto, envio-lhes uma vibração carinhosa desejando um excelente e proveitoso dia. Quiça eu consiga até desenvolver a telepatia?
Não preciso que me mostre o que os meus amigos estão curtindo, seja na internet ou fora dela, pois os verdadeiros amigos se interessam uns pelos outros de maneira espontânea.
Não preciso que você me adicione um novo amigo. O meu coração sabe, como nenhum outro, como adicionar pessoas queridas.
Não necessito ter uma vasta rede de amigos. Prefiro ter apenas um, e que este seja amigo de verdade. Por experiência, sei que uma bela amizade é um acontecimento raro, enquanto os pseudoamigos são abundantes.
Não preciso de você nem mesmo para compartilhar fotografias, porque há tempos o e-mail e antes, o velho álbum, já faziam isso.
Eu sei. Você me tornaria igual a todo mundo, e como consequência, eu passaria a estar na moda. Mas sou singular por natureza e qualquer tentativa de mudar isso seria pura infantilidade. Portanto, não tente me enquadrar nos seus moldes.
Não sei quanto aos meus leitores, pois isso não é motivo para crítica ou julgamento. Tem gente que te acha legal, e dou graças a Deus por ser assim. Isto indica que, por enquanto, ainda podemos escolher. Quanto a mim, digo apenas: não, obrigado! Até o presente momento, não preciso do Facebook.