MUNDANÇAS NECESSÁRIAS
Semana passada, uma colega de trabalho voluntário, desentendeu-se com a coordenadora do setor.
Depois do desgaste da discussão, quando as emoções estavam acalmadas, ela começou a chorar, e a dizer que não consegue dominar seu temperamento. Que nunca foi de levar desaforos pra casa. Mas, que tem percebido, que isso a tem afastado das pessoas, quase não tem amigos, nem na roda familiar é bem aceita.
Ouvi-a com respeito, em silêncio, pois naquele momento ela precisava de alguém que a ouvisse com atenção. Não queria conselhos.
No término do trabalho, enquanto dirigia de volta para casa, vim pensando no acontecido, e me lembrei de um galhinho mirrado que plantei anos atrás, e que não sabia se ia vingar. Ao enterrá-lo, lembro-me que pensei: fiz a minha parte, plantei com carinho, dei-lhe terra boa e fofa, reguei-o diariamente, agora o resto é por conta dele, se tiver força de vontade vinga. Pois, tem as condições apropriadas para crescer.
O galhinho mirrado, decidiu-se por vencer, e tornou-se essa bela trepadeira "viuvinha", da foto que ilustra a crônica.
A colega do terceiro setor, assim como o galhinho, tem tido todas as oportunidades para crescer, e se desenvolver interiormente.
Só depende dela optar por fazê-lo. Pois, ninguém pode mudar por ela, ou força-la a fazer mudanças.
É necessário que ela sinta, que seu modo de agir, não lhe trás nenhum conforto, e ainda afasta as pessoas.
As sementes para a transformação, estão guardadas dentro dela (assim como em todos nós), basta que escolha por dar a elas boa terra (atitudes diferentes) e água(vontade de mudar) para que a mudança se faça.
Nada na vida vem de graça. De graça somente a graça de Deus.
(foto da autora- Trepadeira viuvinha)