QUANDO AQUELE QUE AMAMOS PARTE
Sempre que fico sabendo que alguém perdeu um ente muito querido, penso: Será um longo e solitário caminho, o do luto.
O melhor aliado nessa fase dolorida, é indiscutivelmente o tempo.
Aliado que nunca podemos substimar. Nem querer atrasar ou adiantar.
O tempo corre nessa fase como sempre correu, não voltará atrás, por nossa vontade, e nem andará mais rápido, para aliviar nossas tristezas.
O caminho do luto, pode ser solitário, mas sempre haverá beleza no trajeto, e não somente lamento. As recordações daquele que amamos e partiu, são flores a suavizar o percurso. E a saudade será como a vegetação de uma trilha, a refrescar o gosto amargo da ausência, sentida por nossa alma.
Há poucos minutos, recebi um e-mail, que inspirou-me a escrever essa crônica. Nele, uma amiga me contava, que com a morte de seu amado marido, no período de luto, ela costumava borrifar o perfume usado por ele, pelos cômodos da casa para sentir de alguma forma a sua doce presença.
A dor da perda machuca cada alma com uma intensidade muito particular. E cada qual sabe a melhor forma de buscar amenizar essa grande dor.
Bom se quando formos nos despedir de alguém muito amado, tivermos a fé, de que somente a vida fisíca acabou ali. A essência de quem se foi, continua a existir.
E que, aquele que partiu dessa vida, pode estar bem perto daqueles a quem ama e aqui ficou.
(Foto da autora- Litoral norte/SP)