POÇOS DE CALDAS

Poços de Caldas. Quando, noutra passagem, contei algumas

historinhas, em uma delas fiz menção à minha identidade com essa

cidade mineira, desde a infância. Embora, diga-se, ser eu possuidor

de determinada intolerância para com a sua água potável. Era só

chegar, o primeiro copo ingerido, já bastava para o desarranjo

intestinal. Mas, isso era pouco para impedir minhas constantes visitas

a essa agradável estância.

Mesmo quando, em 1980, adquiri um imóvel na vizinha Águas da

Prata, durante o tempo em que curtia as férias nesta cidade, pelo

menos umas duas ou três vezes por semana, subia para Poços, ou

para algumas compras, ou para algumas horas de devaneio na

maravilhosa praça da fonte luminosa, ou, enfim, para saborear o

delicioso churrasco da Cantina do Araujo. Ou mesmo, suas massas.

Poços de Caldas mudou muito em comparação com os tempos de

menino e da juventude. Lembro-me de que na década de 1950,

certamente resquícios da época dos cassinos, existiam salões de

jogos, com máquinas tipo fliperama, que somente depois de uns 20

anos, começaram a aparecer em outros lugares, inclusive em grandes

centros, como São Paulo.

Hoje, é uma potente cidade industrial, com um comércio dos mais

movimentados. Porém, essa pujança, que lhe concedeu status de

cidade rica, de forma alguma lhe retirou aqueles predicados de

acolhedora, hospitaleira e simpática, que sempre foram sua

característica. E bonita.

Dizem que ela se encontra na boca de um vulcão extinto, o que pode

ser verdade, dada a sua configuração topográfica. De fato, a cidade,

o centro, está num platô, circundada por montanhas, dando a nítida

impressão de uma formação vulcânica. A natureza foi pródiga para

com Poços. Seus pontos turísticos são de rara beleza, não sendo à

toa que sempre foi e, ainda é, o destino de inúmeros casais em lua

de mel. Como também, suas águas são, comprovadamente,

medicinais, e muito procuradas, principalmente por idosos,

possuidores de doenças reumáticas. Tanto o balneário, como as

fontes, são especialmente concorridos.

Em contraste com o intenso movimento de veículos, e de gente, em

fins de semana o coreto situado ao lado do Palace Hotel, recebe

bandas e outros conjuntos musicais, atraindo a população e os

turistas, com muitos casais, inclusive, exibindo seus dotes de

dançarinos.

Nesse momento, em que brota o lado folclórico, em que o povo abre

sua alma até o âmago de seus sentimentos, é que comprovamos ter,

Poços de Caldas, mantido suas características de cidade simples que

sempre foi, de gente hospitaleira e acolhedora, que o progresso, com

toda a sua pujança, como um trator passando por cima de tudo, sem

ao menos se preocupar com o rastro deixado por sua sanha

destruidora, nunca conseguiu superar.

E, no contexto de toda essa beleza, não posso deixar de citar o

simpático Hotel Minas Gerais, meu preferido, onde sempre passo,

juntamente com minha família, dias muito gostosos, e muito bem

tratado por todos seus colaboradores, gente simples e simpática, que

têm como preocupação, o bem estar de seus hóspedes!

Jamais, Poços de Caldas, podem crer, perderá sua pureza, e o seu

fascínio!

Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 09/09/2012
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