Tarde de Setembro



O sol desta tarde de setembro recai sobre o meu corpo esparramado na areia da praia do Flamengo na cidade do Rio de Janeiro e esses meninos que pulam na alegria infantil nessa água de calmas ondas envolvida em cores e imagens belas. E ainda meu olhar que se ergue e capta os bondinhos do “Pão de açúcar” no constante sobe/desce desse transitar de turistas que encantados se deliciam com a paisagem carioca a olhos nus, enquanto os barcos vão adentrando a “Baía de Guanabara”, e mais ainda essas pessoas que conversam alto e jogam bola na areia e correm em busca do físico perfeito e tomam cerveja gelada e leem livros de ficção e apenas se deixam ficar deitadas consumindo os minutos desta tarde imersa na contemporaneidade deste sábado de folga e que esquecem dos pequenos dilemas do cotidiano e apenas vivem estes instantes nessa paisagem capaz de dizer que a vida segue sem roteiros... E de repente meus olhos são despertados por este avião que alça voo do aeroporto “Santos Dumont” indo para outro lugar, levando pessoas que querem ir e outras que querem ficar, onde transporta saudades e momentos vividos que ficarão guardados e que em outros instantes da vida serão recordados de algo que aconteceu nesta tarde de sábado que, hoje, aos poucos, vai sendo consumida, onde também estamos sendo consumidos nessa nossa vivência deste tempo, deste dia que a vida nos possibilita viver e que jamais se repetirá igual...


Por: Valdon Nez
Em 08 de Setembro de 2012
Valdon Nez
Enviado por Valdon Nez em 08/09/2012
Reeditado em 10/09/2012
Código do texto: T3871856
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