400 anos em 4
Tudo o que acontece na vida tem uma explicação. Acontece que os fatos cometidos em qualquer sociedade vêm por intervenção de um parâmetro coletivo (talvez pessoal), investido por diferentes posições e opiniões distintas em si próprias dentro de um ideal. Diante disso, a originalidade vem para o bem ou para o mal, dependendo da capacidade que o homem possui em contribuir para certa evolução a qual parte de diversos ângulos.
Desde a Grécia antiga, tentou-se criar um lugar perfeito em que a sociedade pudesse viver sem diferenças e com ideias na forma, mente e corpo. Contudo, devo afirmar que esse tipo de pensamento pode ter parado milênios atrás ou evoluído de maneira adversa, apesar de haver quem faça essa reflexão na atualidade – com certos pesares, na verdade -, pois se tece a moral e o sentimento do mundo com medo do resultado – pode ser uma nova Atenas, boa ou ruim na aplicação desse pensamento.
Afinal, a história se enraíza por feitios diferentes e estabelece-se com eficácia dependendo da vontade de seus povoadores. O comportamento muda de acordo com suas necessidades. Criam-se modos de pensar que se se distanciam – ou pelo menos deveriam – daquele arcaísmo que outrora infestava o local com atitudes ainda formadas por uma consciência oprimida.
Esse problema ainda, de certo modo, persiste em continuar devido a alguns desenvolverem os aspectos mais importantes para uso próprio, mesmo havendo – e isso é fato – possibilidades de progresso. No entanto, o homem, com uma mente pequena – diferente daquela que existia na Grécia -, insiste no famoso pão e circo que destrói a humanidade a duras penas. E o avanço se estagna, põe-se num retrocesso. E o que deveria ter uma boa estética permanece sem solução.
E o que devemos fazer? Ficamos paralisados diante de uma mediocridade? A ênfase na razão do indivíduo perde-se e fica longe daquele equilíbrio mental que era necessário para uma formação. Criemos – talvez – uma nova Pasárgada, como uma solução menos dolorosa.