O TEMPO E A EXPERIÊNCIA.
Já disse neste espaço que o velho é quem tem mais idade que o mais novo e o mais novo o é diante de quem é mais velho. Mas começamos a ficar engolidos pelo tempo desde que nascemos.
E muitos novos em tempo vivido ficam por aqui pouco tempo. O que importa é a jornada, como dizia Gandhi, “eu não tenho mensagem, minha mensagem é minha vida”. Há algo de mais verdadeiro? Olhem um homem, sua história, como pode esconder algo?
A velhice confunde conceitos, o que é ser velho? Churchil comandou a liberdade do mundo livre já com idade avançada. A idade infunde medo e depressão?
A velhice existe para alguns e é indiferente para muitos quando aplaca o vigor e pacifica o espírito. Nessa quadra da vida os que tiveram a sorte de galgar o alto da montanha como seres caridosos, terão a grande visão da existência.
Só os que a percorreram intensamente sendo úteis, construindo, sendo
iguais e perseverando no bem, na caridade, despojados de egoísmo, lutando e vencendo, ou ao menos se retiraram para a iluminação, poderão saboreá-la, extrair dela os verdadeiros benefícios, usufruir seus ensinamentos e viver em absoluta paz e felicidade voltados para a luz do seu interior, imersos na chama do elo único que se aperfeiçoa na paz conquistada.
Entender a unidade e a ancestralidade que é sua raiz.
Assim será possível para o ancião olhar o passado e rever a longa caminhada quando aos vinte anos se consagrava aos estudos e ensinamentos e aos trinta continuava firme já então podendo entender o que estudou; divisar aos quarenta anos, a época em que afinou seus sentimentos já restando poucas dúvidas sobre o existir, abrindo a porta aos cinqüenta, quando compreendeu os decretos do céu possibilitando que aos sessenta, quase esgotado o caminho do entendimento, chega-se à compreensão e fosse um receptor da verdade, culminando a jornada com a felicidade aos setenta de ter o coração acima do cérebro; tudo podendo fazer sem violar o que é justo.
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