M A T U R I D A D E.
Quando se chega com independência física e intelectual a idades maiores, alguns atingem a famosa maturidade.
O quê é isso? Há variados padrões, mas fica claro que a reserva em dimensionar entendimentos, para a real maturidade, muda muito. Muda até mesmo o ser humano que sempre foi realmente maduro.
Por mais que tenha sido maduro precocemente, o avanço é maior, principalmente na observação, no exercício do silêncio que se impõe, e no alto grau de avaliação.
Uma vida experiente não tem preço, o custo é a entrega à educação e seu desdobramento nos múltiplos convívios vividos, evidentemente educação aliada ao caráter.
Nada se pode esconder de quem é maduro pleno. Como águia divisa de alturas pouco alcançadas. A simples presença de quem nunca conheceu, rápida interlocução, desnuda personalidade e caráter, medos, temores, angústias, coragem, covardia,mentiras, necessidades, infantilismo, frustrações, esperanças, afloram induvidosas.
Muitas pessoas continuam imaturas, ainda que vetustas, gastas pelo tempo, difícil a percepção e absorção da fenomenologia que faz ascender, continuam com a mesma roda de pensamentos de quando jovens, coisas de quase menino ou menina, revólveres, paixões bobas de ambos os sexos, inconveniências principalmente no trato com o sexo oposto mais jovem, etc. E vivem isso com latitude e longitude ampliadas.
Prestem atenção nesse site e vejam como há imaturos que nasceram para viverem uma vida de imaturidades, mesmo idosos.
Escrever define com segurança os vestígios da personalidade. Escrever é pura exposição.
Escrever escancara a bondade, a caridade, o altruísmo, a doação, a covardia, o medo, a violência, a mentira, a omissão, a pintura de cores sem amores, a indiferença de ter sem ser, enfim a maturidade ou sua ausência.
Um embaixador de Hitler em França, festejado como grande escritor, de quem não gosto, pela sua contradição em apoiar um genocida, não foi maduro, e não era ideologia, mas interesse sua chancelaria "de fato", não "de direito".