INDEPENDÊNCIA... OU MORTE?
É o que diz a história (ou será estória)... no dia 07 de Setembro de 1822 às margens do Rio Ipiranga (localizado em São Paulo, no bairro do mesmo nome), Dom Pedro I, filho de D. João VI, proclamou a independência do país, livrando-o do jugo de Portugal, - seu país de origem – levantando a sua espada de guerreiro e proclamando a célebre frase: “Independência ou Morte! Será???????
Primeiro que o Rio Ipiranga, mostrado na cena antológica, no quadro pintado por Pedro Américo, foi obra da imaginação do pintor. Ele jamais poderia ser visto por aquele ângulo e sim, por trás, pois a caravana estava em direção contrária. Os cavalos, garbosos marchadores, puro sangue, não passavam de mulas magras e famintas, cansadas de tanto ir e vir da Capital para Santos.
Santos era a segunda casa de D. Pedro – havia conhecido Maria Domitila de Castro –transformada por ele em Marquesa de Santos (por serviços prestados a sua fome de garanhão) e, no auge da paixão a visitava todos os dias. Haviam se conhecido em Agosto e a coisa entre eles, fervia. Domitila era feia que doía, não tinha nenhum predicado físico, mas devia ser gostosa, não tinha problema algum na arte da conquista. Já havia sido casada com um alferes, oficial do segundo esquadrão do Corpo dos Dragões da cidade de Vila Rica e fez com que o Imperador caísse em suas redes. Domitila apreciava uma farda.Mas não foi muito difícil conquistá-lo, pois Dom Pedro era pegador. Tinha casos e mais casos, com as francesas, portuguesas e até com a irmã de Domitila ele se meteu. Eram as “Marias Coroas” da época, semelhantes às “Marias Chuteiras” de hoje. Sua casa, no bairro de Estácio, no RJ, ficou conhecida como “Casa Amarela”, bem sugestivo, pois os prostíbulos daquela época tinham nomes parecidos: casa vermelha, casa amarela, casa lilás... Acho que ele promovia altas surubas por lá, sei não...
Naquela manhã de 07 de Setembro de 1.822, certamente, acordou nos braços da amante, exausto, pela noite de gandaia (excesso de comida, bebida e sexo) e correu para o banheiro. Teve uma diarréia federal, digo, imperial e, mesmo assim, seguiu, com seus asseclas, para a viagem que decidiria os novos rumos do Brasil. Segundo as más línguas, ele parou inúmeras vezes para “obrar”, com cólicas terríveis e nem forças para gritar ele tinha. A cada moita que via à beira da estrada, ele tinha que parar pra defecar, coitado!
Vestidos com roupas velhas, surradas e não com aqueles uniformes estilosos (pois viajar de mula não tinha nada de elegante), exausto, febril, com uma caganeira de lascar, o Imperador do Brasil não via a hora de acabar com tudo aquilo e voltar para seu retiro, dormir e esquecer as mazelas. Tava de cabeça quente! Domitila queria porque queria ter um filho dele. E teve; não um, mas cinco! Todos ganharam títulos de nobreza, menos o que morreu ainda bebê. Não é por nada não, mas a história não se repete ainda hoje? Então, muito puto da vida, branco de tanta fraqueza, ele levantou sua espada de guerreiro português e bradou (não tão alto quanto se conta, pois forças não tinha):
- INDEPENDÊNCIA OU MORTE!
Pra mim, mais morte do que independência. A morte dos princípios, do caráter dos governantes, da seriedade de se conduzir uma nação. Não teria sido melhor deixar tudo como era antes? Falaríamos um português perfeito, claro e limpo, teríamos um regime político com pouco ou quase nada de corrupção (e lá não há tanta impunidade) e ganharíamos salário em Euros, muito melhor do que nossos minguados Reais em salário mínimo (mínimo mesmo!). O que você acha?
(Milla Pereira)
* Este texto é mais um Exercício Criativo (EC)*
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