O mundo nas mãos de um malabarista
Um malabarista jogava mundos; só vivia o mundo que estava em suas mãos, e os mundos que aguardavam sua vez, viam do alto um malabarista.
Os mundos do alto nunca pisavam em minas, mas nunca se sentiam amados, as mãos agarravam os mundos, como se outros mundos não houvesse.
Como se sentir seguro com o que se tinha em mãos, se há tantos malabaristas jogando mundos.
Andando numa corda bamba, a sombrinha garantia o equilíbrio, mas as vidas viviam de mãos em mãos; viver à sombra da sombrinha, ou todos os sonhos jogados para cima tampavam o sol?
O malabarista acorda no mundo, andava na corda de mundo em mundo; o malabarista era a arena e a vida era a artista.
O mundo na arena era o malabarista; que jogava o artista para cima, e em cada fração do malabarista, uma arena tinha que ser vivida, era a vida
Quem vivia em terra firme, e não jogava mundos para cima, pisava em minas e explodiam em mundos pequenos; se transformavam em bolas pequenas; balões de gás, que desaparecem no céu, não jogados por um malabarista